O governo italiano está planear a venda de 4% da Eni SpA depois que a petrolífera concluir um plano de recompra, o que permitiria reduzir a gigantesca dívida pública.
A administração da primeira-ministra Giorgia Meloni pretende ganhar cerca de € 2 bilhões (US$ 2,2 bilhões) com a venda da participação, como parte de seu esforço de privatização. As propostas ainda estão sendo elaboradas e podem sofrer alterações.
O governo pretende vender cerca de 20 mil milhões de euros (21,8 mil milhões de dólares) em participações estatais até 2026.
O Tesouro italiano detém atualmente uma participação de 4,7% na Eni, enquanto o credor estatal Cassa Depositi e Prestiti detém 27,7%.
O Ministro das Finanças Giancarlo Giorgetti afirmou repetidamente que a venda de ativos está prevista. Ele disse na quarta-feira, no Fórum Económico Mundial em Davos, que discutiu vendas de participações com fundos estrangeiros durante a conferência. Ele não especificou quais empresas.
A Itália enfrenta este ano um crescimento baixo e taxas de juro persistentemente elevadas, o que está a dificultar os seus esforços para reduzir a carga da dívida que se situa em cerca de 140% do PIB. As vendas planeadas de participações ajudariam a reduzir essa dívida e deixariam ao governo alguma margem de manobra para redirecionar outros fundos para cortes de impostos e cumprimento de promessas eleitorais.