O escritor angolano, Ismael Mateus foi esta quarta-feira, em Luanda, homenageado no programa cultural “Noites de poesia”, pelos seus feitos na literatura angolana, numa iniciativa da Fundação Arte e Cultura.
Participaram na homenagem os músicos Jovaldo Falne IV e Kabuísa Bandeira, os poetas Ernesto Monteiro, Télvia da Silva, Francisco Vidal, Miura Mukeny, Lourdes nzumba, Herculano Numa, Joparte, Delmira Dinis, Fernanda Ngonga e Alexandra Simão e grupo teatraljovens da Mulemba.
Em declarações à imprensa, Ismael Mateus disse ter sido “gostosa” a homenagem, no sentido de que está habituado a ser chamado para falar das suas opiniões como jornalista e analista, mas o seu lado escritor tem sido sacrificado por não ser convidado para falar dos seus livros, deixando a sensação de que ninguém lê os seus escritos.
Enfatizou que este facto enche-o de orgulho e honra, ver pessoas a lerem e a declamar suas poesias, pelo que agradece a iniciativa da Fundação Arte e Cultura.
Confessou gostar mais de escrever para o público sobre romance, mas fica contente ao ver suas poesias sendo declamadas.
Apontou que irá trabalhar mais para que comece a ser mais conhecido como escritor, dar entrevistas sobre as suas obras, ter oportunidades para discutir os livros com os seus leitores e tornar-se mais conhecido também como homem da literatura.
Por sua vez, o director para área social da fundação, Xavier Narciso, referiu que o tributo enquadra-se no pendor da instituição que é a promoção e divulgação da arte e cultura nacional, que há sete anos tem realizado e a homenagear fazedores de cultura.
Salientou que Ismael Mateu foi escolhido por ser uma figura que tem uma relevância dentro da literatura do país e mereceria ser homenageado dentro do espaço “Noites de poesias”.
“Ismael Mateus escreve há quatro décadas e é um escritor que realmente tem uma certa relevância que nós podemos fazer uma homenagem dentro do projecto que já homenageou cerca de 40 escritores”, assegurou.
Explicou terem levado crianças a declamar poesias de Ismael Mateus, porque querem trazer o passado no presente para preservar o futuro e os petizes vão ser este veículo que vai ajudar a consolidar a arte, escrita e cultura.
No final, foi entregue ao homenageado da noite um retrato sobre si.
Ismael Mateus nasceu em Luanda aos 6 de Julho de 1963. Jornalista desde 1981, tem publicados textos de opinião desde 1985, inicialmente na Rádio Nacional de Angola, sob os títulos genéricos “Dia a Dia na Cidade” e “Bué de Bocas”, e depois na LAC. SJ/ART