Isalina Gonçalves estreou-se no cinema, este ano, com o filme “A Testemunha”, do realizador Ngouabi Silva, e teve a distinção de Melhor Actriz em curta-metragem de ficção, da sétima edição do Festival Internacional O Cubo de Cinema Independente em Língua Portuguesa, que decorre em formato “online”, desde 11 deste mês.
Actriz há 19 anos, Isalina Gonçalves começou a carreira no teatro, propriamente no Colectivo de Artes Horizonte Njinga Mbande. Participou nas três telenovelas, “Sede de Viver”, “Minha Terra, Minha Mãe” e “Jikulumessu”, e teve também participações em peças de teatro, trabalhos publicitários e apanhados da Televisão Pública de Angola (TPA).
“A Testemunha” é uma curta-metragem de 13 minutos, com Isalina Gonçalves (Amnésica), Faria João (Assassino), Constância Lopes (chefe da Polícia) e Osvaldo Moreira (Agente da Polícia). A narrativa gravita em torno de uma jovem mulher, que acorda sem memória nuns escombros sinistros, tudo o que tem a fazer é percorrer o local sem ideias do que lhe espera pela frente. A medida que se recompõe chega a um surpreendente final.
Em termos de orçamento, de acordo com o realizador, o filme custou cerca de um milhão de kwanzas.
“Parabéns pelo prémio de Melhor Actriz! Saudações cubísticas!”, disse o director do Festival, Fabiano Cafure, em mensagem endereçada à actriz e ao realizador. Acrescentou terem ficado felizes com os óptimos resultados atingidos pelo festival, “ainda que nesses tempos difíceis para a cultura e o audiovisual”.
Segundo o director, o Festival “não acabou ainda, ha-verá mais novidades, por que prolonga-se até ao dia 22 de Dezembro, e que surgirão muitas acções participativas e novos prémios”. O responsável apelou aos cinéfilos angolanos para assistirem aos filmes pelo canal “ww.canalocubo.com”, referindo que os filmes que tiverem maiores visualizações terão prémios, além das promoções individuais de cada filme e de peça audiovisuais, inclusive entrevistas para o programa Cine Cubo.
Angola inscreveu no Festival cinco filmes, dos quais três foram seleccionados para concorrer, “Nós Somos – Trajectória de uma Nação”, de Asdrúbal Rebelo, “O Plano do Rei” e “A Testemunha”, ambos de Ngouabi Silva.