A justiça alemã condenou à prisão perpétua um iraquiano do auto-proclamado Estado Islâmico acusado de crimes de “genocídio” contra a comunidade Yazidi. A Alemanha, onde vive uma grande minoria yazidi, é um dos poucos países a julgar os abusos cometidos contra esta comunidade.
Os juízes do Tribunal Regional Superior de Frankfurt declararam Taha al-Jumailly, 29 anos, “culpado de genocídio, crimes contra a humanidade que resultaram em morte, crimes de guerra e cumplicidade em crimes de guerra”, condenando-o à prisão perpétua.
O iraquiano Taha Al-Jumailly, que se juntou ao Estado Islâmico em 2013, foi julgado por ter deixado uma menina yazidi de 5 anos de idade morrer à sede, no verão de 2015.
A ex-mulher de Taha Al-Jumailly, uma alemã que também de juntou à organização do Estado Islâmico, foi condenada, no mês passado, a dez anos de prisão por crimes contra a humanidade.
O julgamento do tribunal de Frankfurt foi possível graças à aplicação do princípio da jurisdição universal, permitindo a um Estado julgar crimes que ocorreram fora do território nacional.
A Alemanha, onde vive uma grande minoria yazidi, é um dos poucos países a julgar os abusos cometidos contra esta comunidade.