O Iraque prepara-se para julgar cerca de 900 iraquianos repatriados da Síria por pertencerem ao grupo extremista Estado Islâmico, um crime passível de punição com a pena de morte, de acordo com fonte judicial.
“O tribunal antiterrorista recebeu os dossiês de instrução de cerca de 900 iraquianos do Estado Islâmico (EI) vindos da Síria e começamos a definir um calendário para os julgamentos”, disse à AFP a referida fonte, falando sob anonimato.
De acordo com o JN, os iraquianos foram entregues às tropas do seu país por forças curdas da Síria nos últimos meses, quando se aperta o cerco ao último reduto do EI ao longo da fronteira iraquiana.
Os iraquianos constituíram o grosso das estruturas de comando do EI, dirigidas pelo iraquiano Abu Bakr al-Baghdadi, que teve o seu apogeu em 2014, controlando vastas partes dos territórios do Iraque e da Síria.
A justiça iraquiana já julgou milhares de pessoas, nacionais e estrangeiras, condenando muitos a penas de morte ou de prisão perpétua, com os defensores dos direitos humanos a apontarem a rapidez dos julgamentos e possíveis “riscos de tortura” nos interrogatórios no Iraque.