Pelo menos 50 milhões de dólares americanos é o valor investido na construção de um Porto Pesqueiro e infra-estruturas de apoio em terra, no município do Porto Amboim, província do Cuanza Sul, uma iniciativa de capitais privados.
Em declarações hoje à Angop, o presidente do Conselho de Administração do referido Porto Pesqueiro, Cardoso Pereira, disse que a construção teve início em 2014 e conta com uma zona de atracagem para quatro traineiras em simultâneo, quatro câmaras de frio de cinco toneladas cada.
“As nossas infra-estruturas permitem ter um fluxo de armazenamento de 50 mil toneladas/ano e pretendemos com esta massa exportar para alguns países 15 por cento desta capacidade ”, referiu.
Segundo o gestor, o Porto Pesqueiro é detentor de 15 embarcações de pescas, mas devido à falta de licenciamento contratou empresas certificadas pelo Governo angolano para a captura do pescado ao longo na zona costeira.
“Temos tudo pronto e o Porto Pesqueiro inicia as operações dentro de 60 dias,” avançou, acrescentando que criaram mil e 500 empregos directos e quatro mil indirectos, bem como infra-estruturas integradas, cuja exploração irá descongestionar a descarga do pescado em Luanda”.
Informou estar em construção na China 50 novas embarcações, com uma capacidade de 120 toneladas cada, 20 dos quais já estão prontas, faltando apenas uma vistoria do Ministério angolano das Pescas e do Mar para que as mesmas cheguem ao país e iniciem a captura do pescado.
O projecto tem duas fases sendo a construção do porto Pesqueiro e infra-estruturas de apoio em terra a primeira e a segunda abarca a construção de um Centro Regional de Fiscalização Pesqueira e uma Escola Média de Pesca com uma capacidade para 150 estudantes e a terceira a modernização do sistema de distribuição no Cuanza Sul e depois em outras províncias com a construção de entrepostos.
A Escola vai formar quadro para a navegação marítima, transformação do pescado e outras valências.
Projecto similar foi criado em 1987 pela Empresa de Pesca Industrial “ PESKWANZA” no Porto Amboim, uma iniciativa do Estado angolano que teve como objectivo a captura, transformação, conservação, congelação e distribuição, tendo operado com 17 embarcações com uma capacidade de 150 a 250 toneladas de mariscos, crustáceos e pescado e uma cadeia de frio com uma capacidade de 300 toneladas/dia.