Foram investidos em Bamako o presidente de transição, o oficial na reforma Bah Ndaw e o seu vice-presidente, o chefe da junta militar, o coronel Assimi Goïta. A CEDEAO contudo não levantou as sanções em vigor desde a altura do golpe que derrubou em Agosto o presidente Ibrahim Boubacar Keïta, os países da sub-região continuando a exigir a nomeação de um primeiro-ministro civil.
Numa cerimónia na qual marcaram presença alguns representantes da comunidade internacional, designadamente o mediador da CEDEAO, o antigo presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, numerosos militares em uniforme, mas nenhum presidente da região, com excepção do Chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, o presidente interino do Mali, Bah Ndaw, nomeado na segunda-feira por um conselho composto por militares e membros da sociedade civil, prestou juramento e prometeu cumprir à letra a carta de transição que prevê nomeadamente um período de 18 meses até à realização de eleições e o regresso efectivo à constitucionalidade.
Com ele, também foi investido o seu vice-presidente, o chefe da junta militar, o coronel Assimi Goïta, que de acordo com a carta de transição validada pela junta, para além dos seus poderes alargados em matéria de defesa e segurança, tem igualmente a prerrogativa de substituir o presidente interino no caso de este último vir a ser destituído.
Este e outros aspectos não devem ter convencido a CEDEAO que hoje insistiu que o vice-presidente em nenhum caso deveria poder substituir o presidente interino, os dirigentes regionais reclamando também a versão final e oficial da carta de transição invocada pela junta. A CEDEAO vincou igualmente que ainda falta nomear um primeiro-ministro civil, soltar as personalidades presas desde o golpe assim como dissolver a junta antes de serem levantadas as sanções que aplicam ao país há um pouco mais de um mês, o encerramento das fronteiras com o Mali e a redução dos fluxos económicos ao comércio de bens de primeira necessidade.