Teve início hoje, terça-feira, 11 de Janeiro, a instrução contraditória do Caso Lussaty. Não se trata do arranque do julgamento deste caso que ficou bastante mediatizado, mas trata-se de um acto que visa clarificar alguns aspectos constantes na acusação do Ministério Público.
Os arguidos da conhecida “Operação Caranguejo”, do qual o principal arguido é o major Pedro Lussaty, começaram a ser ouvidos hoje, dia 11 de Janeiro, em tribunal com base num processo de instrução contraditória, cujo objectivo é a classificação dos aspectos da acusação do Ministério Público.
Pelo menos, 51 arguidos constam da acusação, entre eles o major Pedro Lussaty, que fazia parte do quadro dos funcionários da banda musical da Presidência República, exercendo o cargo de chefe das finanças, sendo o autor que despoletou este caso de corrupção na Presidência da República que gerou um grande impacto social, tendo sido detido no passado mês de Maio de 2021, quando tentava sair do país com uma mala contendo 822 milhões 624 mil e 810 kwanzas, 17 milhões 546 mil e 800 dólares americanos e ainda 391 mil e 60 euros.
O caso que ficou bastante mediatizado, deu lugar a uma profunda investigação que levou a apreensão de bens imobiliários e outros, com destaque para carros de luxo no país e no exterior, alegadamente adquiridos com dinheiro conseguido através de esquemas criminosos, bem como a exoneração e detenção de altas patentes da Presidência da República.
Entre os 51 arguidos, estão militares e civis, acusados pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais e de associação criminosa.