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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Instagram ultrapassa YouTube como a principal plataforma de vídeos para portugueses:

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Por Bruno Peralta -7 de Novembro de 2024
O consumo de vídeos nas redes sociais é hoje uma das atividades digitais mais populares em Portugal, e o último estudo “Os Portugueses e as Redes Sociais” de 2024, realizado pela Marktest, trouxe uma grande novidade: o Instagram superou o YouTube como a rede preferida dos portugueses para ver vídeos.

Mudança de preferências: Instagram no topo

Pela primeira vez, o Instagram é a plataforma de eleição dos portugueses para consumo de vídeos, com uma ligeira vantagem sobre o YouTube: 66,2% dos inquiridos referem assistir a vídeos no Instagram, comparativamente a 66,1% que ainda utilizam o YouTube. Esta ascensão do Instagram representa uma mudança notável nas preferências dos utilizadores, demonstrando o impacto das redes sociais visualmente focadas e a rápida evolução do comportamento digital.

Embora a diferença seja mínima, o facto de o Instagram ter destronado o YouTube – que foi a principal rede de vídeos por muitos anos – é significativo e sugere um possível realinhamento nas estratégias de conteúdo e de marketing para as marcas.

Facebook, TikTok e WhatsApp seguem na lista

O Facebook ainda é relevante para vídeos, ocupando a terceira posição, com 52% das referências dos utilizadores portugueses. Apesar da ascensão de outras plataformas, esta rede continua a ser popular, especialmente entre uma faixa etária mais ampla.

O TikTok, conhecido pela sua base jovem e dinâmica, aparece em quarto lugar, com uma crescente adesão. O WhatsApp surge em quinto, revelando que a partilha de vídeos curtos também se tornou uma prática comum nesta aplicação de mensagens.

Conteúdos de humor no topo das preferências

Quando se trata do tipo de conteúdos que os portugueses mais consomem em vídeo, o humor reina. Este dado é um reflexo da procura por conteúdos que proporcionem descontração e diversão – algo que redes como o Instagram e o TikTok sabem proporcionar muito bem.

Além dos conteúdos humorísticos, o Top 3 de preferências inclui vídeos musicais e informativos. A música sempre desempenhou um papel fundamental nas redes sociais, e os vídeos de informação ganham espaço, sobretudo num contexto de fácil acesso a notícias e atualizações globais em tempo real.

Partilha de conteúdos: uma prática cada vez mais comum
Outro dado interessante do estudo da Marktest é que quase metade (49,4%) dos portugueses que consomem vídeos nas redes sociais também partilha os links desses conteúdos. A prática de partilha demonstra a necessidade de os utilizadores de redes sociais se envolverem e recomendarem conteúdos que gostaram. Além disso, indica o papel das redes sociais na criação de “virais” e na amplificação de conteúdos que despertam emoções.

A interatividade gerada pelas partilhas é também uma oportunidade para as marcas, que podem usar este tipo de comportamento para potenciar o alcance dos seus conteúdos.

O que explica a ascensão do Instagram sobre o YouTube?

A ascensão do Instagram à posição de líder deve-se a vários fatores. Em primeiro lugar, o Instagram tem apostado fortemente no formato de vídeo nos últimos anos, especialmente com a introdução dos Reels, que competem diretamente com o estilo curto e dinâmico do TikTok.

O formato visual e imediato do Instagram parece atrair os utilizadores, sobretudo os mais jovens, que valorizam a rapidez e a simplicidade no consumo de conteúdos. Esta aposta do Instagram na produção de vídeos curtos, que são mais fáceis de consumir, contribui para a mudança de preferências dos portugueses, que preferem ver vídeos curtos e diretos no Instagram em vez dos vídeos mais longos, comuns no YouTube.

Além disso, o Instagram conseguiu transformar-se numa plataforma com diferentes formatos de conteúdo (feed, stories, IGTV e Reels), proporcionando aos utilizadores uma experiência diversificada que pode ser adaptada às suas preferências e ao seu tempo disponível.

O YouTube ainda tem espaço?

Embora o Instagram tenha passado para a frente, o YouTube permanece extremamente relevante, especialmente para aqueles que procuram vídeos mais longos e detalhados. O YouTube é a principal plataforma para tutoriais, análises de produtos, documentários e muito mais. Apesar de as redes como o Instagram terem adotado conteúdos em vídeo, o YouTube ainda se destaca no que toca a conteúdos de longa duração e maior profundidade.

O que estamos a assistir é a uma transformação nos hábitos de consumo, onde o YouTube mantém a sua posição em vídeos mais longos e informativos, enquanto o Instagram e o TikTok dominam os conteúdos curtos e imediatos.

Implicações para as marcas e criadores de conteúdo

Esta alteração nas preferências tem implicações importantes para as marcas e criadores de conteúdo. O Instagram já era uma plataforma essencial para o marketing digital, mas agora, com a preferência dos portugueses para consumo de vídeos, torna-se vital para a estratégia de conteúdos de qualquer marca ou influenciador.

As marcas deverão focar-se na criação de conteúdos que se adequem ao formato de vídeo curto, investindo em Reels e Stories para maximizar o alcance e o envolvimento com os seus públicos. Além disso, a crescente popularidade do humor e do conteúdo informativo em vídeo indica que o conteúdo leve e educativo pode gerar um bom retorno e partilha nas redes sociais.

Conclusão

A preferência pelo Instagram em detrimento do YouTube é um sinal claro da evolução do comportamento digital em Portugal, com o público a optar cada vez mais por conteúdos curtos e interativos. Com o Instagram a liderar e o humor como o conteúdo mais popular, as redes sociais em Portugal refletem uma mudança para uma abordagem mais rápida, visual e partilhável.

O desafio para o YouTube será manter a sua relevância e, para o Instagram, consolidar esta posição dominante, continuando a investir em formatos inovadores que captem a atenção dos utilizadores e garantam que esta preferência se mantenha. Para as marcas e influenciadores, a adaptação a esta nova realidade será essencial para garantir o sucesso nas suas estratégias de comunicação digital.

Por Bruno Peralta

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