Pela primeira vez, a Força de Resposta da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) — a força militar do Ocidente — foi ativada como medida defensiva em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. A informação foi divulgada pelo canal de notícias da CNN.
A ativação das tropas de resposta, porém, não significa que o Exército dos Estados Unidos ou da Otan vão para a Ucrânia, que não é membro da aliança.
Segundo a Otan, trata-se de uma “força multinacional composta por forças terrestres, aéreas, marítimas e de operações especiais dos aliados que podem se desdobrar rapidamente”.
O presidente americano, Joe Biden, deixou claro que as tropas de seu país estão sendo enviadas para aquela região para ajudar a fortalecer os países da Otan.
Na quinta (24), os EUA anunciaram o envio de sete mil soldados americanos à Europa, mais especificamente para os países: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia.
Ele também autorizou o envio de “capacidades adicionais de forças dos EUA” à Alemanha como parte da resposta da Otan.
Otan
Hoje, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que o grupo está mobilizando “forças de resposta” para regiões próximas à Ucrânia, país que vive seu segundo dia de confronto armado com a Rússia.
De acordo com o Stoltenberg, a organização não pretende provocar o conflito, mas sim “prevenir o conflito”. Segundo ele, o bloco pretende ajudar a Ucrânia com suprimentos e equipamentos de primeiros-socorros.
Nesta sexta, tropas russas chegaram à capital Kiev, onde cenas de terror viralizaram por todo o mundo. Diante dessas cenas, Stoltenberg aumentou o tom contra Vladimir Putin, presidente russo. Para o chefe da Otan, a decisão de Moscou é “um erro estratégico terrível”. Stoltenberg garantiu que a Rússia “pagará caro” pelas movimentações.
“A Russia abalou a paz na Europa, o povo da Ucrânia está lutando por liberdade em face da invasão da Russia, perda de vida e sofrimento humano. Nossos pensamentos estão com mortos e feridos que foram deslocados. Pedimos que a Rússia pare com essa guerra sem sentido, retire todas as forças da Ucrânia, retome caminho do diálogo e não cometa mais agressões. Os objetivos do Kremlin não estão limitados a Ucrânia”, afirmou o secretário-geral.
O chefe do bloco ainda manifestou publicamente apoio ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. “Nós temos total solidariedade com o presidente democraticamente eleito, o parlamento e o governo da Ucrânia e com o bravo povo ucraniano que esta defendendo sua terra natal no momento”.