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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Indústria transformadora domina investimentos na AIPEX há três anos

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FONTE:Angop

Cerca de 79 por cento dos projectos registados nos últimos três anos na Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (Aipex), num total de 345, estimados em mais de três mil milhões de dólares, estão ligados à transformação de produtos, informou, hoje, a instituição.

A província de Luanda é a preferência dos investidores, com cerca de 79 % também das propostas, seguida pelo Bengo, Benguela e Malanje, segundo o presidente do Conselho de Administração da referida entidade, António Henriques, em Conferência de Imprensa.

O responsável que fazia o balanço dos primeiros três anos de actividade da aludida agência, disse que o sector da Indústria Transformadora conta, em concreto, com 153 projectos, avaliados em 1 bilhão 781 milhões de dólares.

À seguir, aparecem os segmentos do Comércio, com 78 projectos orçados em 149.000.000,00 dólares; da Prestação de Serviço (69 projectos – USD 313.000.000,00); e da Agricultura (16 estimados em 213 milhões de dólares) e que se implementados poderão criar 24 mil 987 postos de trabalho.

O dirigente especificou que esses empregos projectados, 23 mil 191 serão destinados a angolanos e 1.796 (7,74 por cento) a expatriados.

“Dos 345 projectos de investimentos, 81 já estão implementados e em efectivo exercício, gerando 7.279 postos de trabalhos directos, enquanto outros 254 se encontram em vias implementação e dez cancelados por iniciativas dos proponentes investidores”, salientou.

Sobre os projectos implementados (81), disse que estão orçados em 1 bilhão e dezanove milhões de dólares, dos quais 36 projectos são do campo da indústria (com USD 687.331.000); do Comércio (25 projectos avaliados em 75. 205 milhões de dólares); e da agricultura (5 cifrados em USD 140.823.00).

Segundo o dirigente, a China e os Emirados Árabes Unidos (EAU) são os maiores investidores em Angola, tendo o gigante asiático quatro projectos de investimentos avaliados em 44.193 milhões de dólares, e os árabes igual número de iniciativas, no valor de 153. 377 milhões de dólares.

Impacto socioeconómico dos projectos

À medida que aumenta a capacidade de produção nacional, reduz o volume de importações, sendo que desde 2018 o peso das importações reduziu de 43 para 22 por cento até Setembro de 2020.

Para além dos postos de trabalho criados, estes projectos contribuíram para a capacidade de produção interna e a oferta de produtos nacionais.

No sector da agricultura houve um aumento da produção de diversos produtos, com 17 mil toneladas por ano, com destaque para os cereais.

Entretanto, destaca-se o aumento da produção industrial do processamento alimentar, a exemplo da massa alimentar, as farinhas de trigo e milho, biscoitos margarina, em cerca de seis milhões de toneladas/ano.

A produção das bebidas (leite, sumos, bebidas destiladas, entre outras) aumentou 65 milhões de litros. Nesta senda, registou-se igualmente um aumento substancial do fabrico de produtos higiénicos e de limpeza, fraldas e similares.

Durante os três anos foram implementados projectos industriais ligados à produção de equipamentos agrícolas (fabrica de tractores), de equipamentos electrónicos (smart phones, tablets e computadores), unidades cerâmicas para a construção civil e de montagens de equipamentos de frio como arcas, geleiras e de montagem de televisores.

Para a Aipex, os impactos económico e social dos projectos implementados são positivos, na medida em que há sinais evidentes da produção nacional, assim como da indústria transformadora.

De acordo com António Henriques, neste ano de 21, os esforços da Agência estão direccionados na atracção e captação de investimento para a Agricultura, para além de outros voltados às cadeias produtivas nos sectores Têxtil, Pescas e Minas.

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (Aipex) resulta da fusão das extintas Unidades Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e a Agencia de Promoção de Investimento e Exportação (APIEX), à luz do Decreto Presidencial nº 81/18 de 19 de Maio de 2018.

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