Angola vai aumentar a capacidade de produção de fuba de milho e farinha de trigo com vista à redução da importação dos dois produtos alimentares num futuro próximo, anunciou ontem, em Luanda, o ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social.
Segundo o JA, Manuel Nunes Júnior, que discursava na cerimónia de abertura da VI edição da Feira Alimentícia que decorre até sábado na Zona Económica Especial sob o lema “Mais Indústria, Mais Emprego, Mais Angola”, disse que o aumento da capacidade de produção passa pela instalação de novas unidades industriais em algumas províncias do país.
O ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social adiantou que, embora continue a importar fuba de milho e farinha de trigo, Angola já possui capacidade instalada de produção de “diversos tipos de farinha”, realidade extensiva ao sector das bebidas, cujo crescimento tem sido gradual.
Manuel Nunes Júnior afirmou que a indústria nacional está no “caminho certo” e regista alguns avanços, sobretudo na área alimentar e no sector das bebidas, com destaque para a cerveja, refrigerantes e água de mesa.
O governante lembrou que existem, actualmente, em Angola, cerca de 100 fábricas de bebidas, todas “com rigorosos standards internacionais de qualidade”, cuja produção cobre uma parte significativa do consumo no país.
“Inseridas no sector das bebidas, ainda que de forma indirecta, estão outras actividades industriais, como a produção de rótulos, embalagens de cartão, cápsulas metálicas, grades plásticas, películas de filme e outros artigos destinados ao embalamento e transporte de produtos”, acentuou Manuel Nunes Júnior.
O ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social reafirmou que o país tem registado avanços na área alimentar com o surgimento de novos projectos e instalações industriais ligados à panificação e pastelaria.
Manuel Nunes Júnior defendeu a necessidade de o país atrair mais investimentos para a produção de açúcar e óleo alimentar, tendo em conta o peso que os dois produtos representam nos níveis de importação.
O governante reconheceu os constrangimentos que afectam a indústria transformadora e defendeu a necessidade de esforços contínuos, visando ultrapassar os embaraços.