Dois armazéns que comercializavam redutores contrafeitos para botijas de gás doméstico foram, nesta terça-feira, temporariamente suspensos de toda actividade, em Luanda, pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC).
Segundo a directora-geral adjunta do INADEC, Anta Webba, que falava à imprensa, após o encerramento, informa Angop, os redutores têm “origem e qualidade duvidosa” e características adulteradas “representam um iminente perigo de acidente” por serem diferente do equipamento do género fornecido pela Sonagás.
Esclareceu que a suspensão surge na sequência de se ter verificado que a rotulagem não está em língua portuguesa, para facilitar o consumidor a usar o produto.
Outra razão que motivou a suspensão é o facto de os comerciantes venderem redutores falsos com o selo autocolante com o timbre da Sonangol, semelhante ao redutor comercializado pela Sonagas – empresa autorizada à comercialização de redutores.
Na primeira loja, localizada na Ngola Kiluanje, no Kikolo, foram encontrados no armazém 88 caixas de 50 redutores perfazendo 4 mil e 200 unidades, cujos preços variam entre os 33 mil duzentos kwanzas a 34 mil e duzentos por caixa.
Na segunda loja, localizada na mesma rua, foram encontradas 32 unidades, sem contar com o material existente no armazém, onde os técnicos do INADEC não foram a tempo de fiscalizar.
“Porque temos verificados que no momento do uso do redutor tem causado muitos danos as famílias angolanas. Neste momento o caso verifica-se apenas em Luanda, mas o INADEC vai passar a informação para as 18 províncias do país”, disse.
A visita às instalações acontece em consequência das reclamações de consumidores dos mercados informais.
Em função da rotulagem, verifica-se que os produtos vêem da Malásia e deveriam ter um catálogo com as informações em português para que o consumidor saiba como utilizar.
O INADEC vai começar na próxima semana a efectuar uma campanha de sensibilização para que os consumidores conheçam o referido redutor.
Antes de ter encerrados os armazéns, a comitiva do INADEC passou pela superfície comercial Kero Gika, onde constatou algumas irregularidades, como alguns produtos expirados e mal acondicionados.
Neste estabelecimento, a instituição que vela pelos direitos do consumidor, orientou os responsáveis a trabalhar em função aos requisitos da “chec liste” que foi deixada (para um prazo de 15 dias), um documento para medidas de aconselhamento que o INADEC deixa e uma sanção administrativa.
Entre os produtos, constam bens alimentares (frescos) e enlatados de caracóis expirados.
“Não encerrou o estabelecimento, mas são medidas que podem ser modificadas em função da orientação do INADEC. O produto não estava a ser comercializado, estava em armazém, em local definido, o INADEC orientou que o material não deveria estar naquele local, mas estar destruído”, esclareceu.
A apreensão de 325 unidades de produtos diversos, a emissão de 113 notificações e 55 aconselhamentos constam dos resultados de uma acção de fiscalização do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), realizado no período de 14 a 21 do corrente mês, em Luanda.
Neste período foram igualmente elaboradas 14 autos de notícias e distribuídos 20 mandados de multas.
A acção registou também na execução de cinco actos de inutilidades de produtos em mau estado de conservação e expirados, como 35 unidades de Salpicão, 43 de paio, cinco de queijo e igual número de Chouriços, além de 19 de Atum que estavam a ser comercializados no mercado de consumo local.