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Domingo, Novembro 24, 2024

Huíla ganha plataforma digital de valorização de resíduos

Um aplicativo denominado “Eco-assim é lógico” foi desenvolvido pela empresa huilana de tecnologia e arte “Tchikola Kinzamba”, para melhor gestão e tratamento do lixo.

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FONTE:Angop

A Tchikola Kinzamba-comércio e prestação de serviço, Lda, com sede no Lubango, província da Huíla, existe desde 2022 e cria websites, plataformas de ensino, lojas online, web design, design gráfico, sistemas de gestão comercial e de segurança, bem como gestão documental e de telefonia, ao passo que na área artística promove eventos, com foco na valorização da cultura nacional.

A finalidade do aplicativo é comercializar resíduos sólidos de forma organizada, incentivando a consciência local para a valorização do lixo.

Em declarações à ANGOP, este domingo, co-autor do projecto, Hangula Quinanga, afirmou que a iniciativa “Eco-assim é lógico” surgiu de uma ideia em Novembro 2021, concretizada nos primeiros meses de 2023, estando actualmente a identificar novos parceiros para dar continuidade.

Ao falar na sequência da Feira da Sustentabilidade, que encerrou no sábado, no quadro Semana Nacional do Ambiente, que decorre de 26 a 31, declarou que com o projecto pretende-se mudar a mentalidade da comunidade nos aspectos da reutilização, reciclagem e redução dos materiais, com destaque para os sólidos.

Criar uma nova fonte de renda para o cidadão, por meio dos resíduos sólidos, incentivando assim a mentalidade, dando valor ao lixo, reutilizá-lo, assim como educar e tocar a consciência de que o lixo é útil é outro objectivo do dispositivo, segundo a fonte.

“Se a partir de casa tivermos o hábito de organizar os resíduos sólidos facilita não só a vida do catador, mas também da indústria, naquilo que é a reciclagem dos materiais. A nossa finalidade é organizar o lixo e promover uma mentalidade sustentável no país”, reforçou.

Disse ser do conhecimento da empresa que só a aplicação não basta, pelo que a empresa vai criar um novo meio de obtenção de renda local, postos de trabalho e caixotes com o depósito de lixo seleccionado.

“Queremos criar um sistema em que o aplicativo vai trabalhar com o cliente a partir de casa, dos ecopontos e das empresas de recolha que já existem e acabar com a indústria transformadora, contando com o Estado, entes privados e sociedade civil”, frisou.

Hangula Quinanga acrescentou que no aplicativo vai ter ainda um mercado sustentável para incentivar as pessoas a criarem objectos através de materiais reciclados e reutilizados.

Disse que já está pronta a tecnologia, mas ainda não para utilização do público, pois pretendem ainda no ano em curso lançar a versão Beta, em que vai ser possível comercializar resíduos líquidos dos restaurantes, um sistema que já existe fisicamente, faltando a sua digitalizado, assim como o processo da reutilização de garrafas plásticas.

“Faltam apoios. O projecto é ambicioso e nós só como empresa não conseguimos dinamizar a coisa. É preciso parceiros como empresas e organizações que têm os materiais de recolha de lixo, outros órgãos do governo. Estamos abertos a toda ajuda possível”, manifestou.

A feira, que terminou no sábado e foi promovida pelo Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão dos Resíduos e Serviços Comunitários da Huíla, um dos principais parceiros da empresa mentora do projecto. EM/MS

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