Violentos confrontos entre a policia e moto taxistas que protestavam contra o aumento da gasolina no Huambo resultaram em vários mortos e feridos, disseram à Voz da América diversas fontes.
Informações dadas à Voz da América falam de três mortos, incluindo um polícia.
Outras informações falam de cinco e sete mortos, incluindo neste ultimo número duas crianças.
No hospital Central do Huambo, fala se de vários feridos, mas o local está vedado pelas forças policiais.
A Voz da América não pode confirmar junto das autoridades a ocorrência das mortes
Contactamos o porta voz da polícia, Martinho Kavita, mas não fomos bem sucedidos.
Este tinha anteriormente afirmado contudo que, houve necessidade de acionar a Polícia de Intervenção Rápida, “para poder repor a situação da ordem na cidade”.
Martinho Kavita confirmou a detenção de manifestantes, sem esclarecer o número.
Tudo começou pela manhã de segunda feira com os manifestantes a bloquearem o acesso ao Huambo com pneus e outros meios.
Há relato de queima de pneus, e bens públicos destruídos. Para controlar a situação, a polícia de intervenção rápida, usou gás lacrimogéneo, cães e armas de fogo, para dispersar os manifestantes de que resultou na morte de mais de 5 taxistas, segundo dados de algumas fontes
Os manifestantes protestaram também em frente ao governo, tendo atacado os taxistas que insistiam em trabalhar.
Estudantes e funcionários públicos ficaram impedidos de ir ao trabalho.
As ruas principais ficaram intransitáveis.
” Aqui é guerra, a polícia está a disparar a queima roupa. O custo de vida subiu com esta medida do governo. O povo está cansado, há mais de cinco mortos”, contou uma testemunha.
Ao anunciar o aumento dos preços da gasolina o governo disse que os mototaxistas e taxistas seriam isentos dos aumentos mediante a apresentação de um cartão confirmando a sua profissão mas isso parece que não foi feito a tempo
Segundo os taxistas que falaram àVOA, ontem mantiveram uma reunião com a governadora, para abordar sobre os cartões de subsídios, porém não foram bem sucedidos.
” Ontem reunimos com a governadora e não nos deram o cartão para o subsidio do combustível. Quando fomos manifestar a polícia começou a disparar, uns cinco colegas foram mortos”, disse o taxista Afonso Pedro.
O presidente da Associação de Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang) disse que ficou marcado para hoje o início da entrega dos cartões a taxistas e moto taxistas que vão beneficiar de apoios públicos ao preço da gasolina.
Por Norberto Sateco, João Marcos