A crise que se regista na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) vai ser debatida na Assembleia Nacional, informou, ontem, em Luanda, a ministra de Estado para Área Social.
Carolina Cerqueira, que falava no Parlamento, durante a discussão, na especialidade, da Proposta de Orçamento Geral do Estado revisto, afirmou que o Executivo pretende que a questão não seja analisada apenas do ponto de vista religioso, mas, também, olhando para as consequências políticas e diplomáticas.
Por essa razão, disse, o assunto vai ser tratado na Assembleia Nacional, a quem devem ser prestadas, com mais pormenores, informações sobre os passos que estão a ser dados pelo Executivo.
A ministra adiantou que o caso IURD já foi analisado pelo Executivo, através da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros. Para já, Carolina Cerqueira pediu ponderação para se resolver a questão que envolve pastores angolanos e brasileiros daquela igreja, com os primeiros a queixarem-se de discriminação.
“Há casos de justiça e com indícios de crimes que têm se ser tratados em fórum próprio e pelas autoridades competentes para que seja dado o tratamento processual exigido por lei. Vamos esperar que os órgãos competentes se pronunciem para que se accionem os trâmites processuais e se respeitem as leis de Angola”, defendeu.
Carolina Cerqueira deixou claro que não é objectivo das autoridades angolanas perseguir quem quer que seja. “Se há angolanos que desrespeitaram a lei, também terão de responder perante a Justiça”, garantiu a ministra, salientando que o país pretende evitar instabilidade social e atentar contra a segurança pública.