O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, abre esta quarta-feira, 5 de Maio, a cimeira de negócios dos países da lusofonia. A iniciativa junta em Malabo 250 empresários de Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde.
A iniciativa promovida pela Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) arranca esta quarta-feira e decorre até sexta-feira, no Centro Internacional de Conferências do Simpopo, na capital da Guiné Equatorial.
A cimeira pretende “consolidar a integração” da Guiné Equatorial na CPLP e “demonstrar o seu potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro”, segundo a organização.
Gás, turismo, agricultura, pescas, valorização de activos, banca, formação são alguns dos sectores das empresas que participam na cimeira de negócios, a maioria das quais visita o país à procura de oportunidades de investimento.
A Guiné Equatorial, que está em recessão desde 2016 e aponta um crescimento económico negativo em 2022, é a segunda economia com melhor desempenho entre as economias lusófonas africanas, devendo crescer 4% este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional.
A Guiné Equatorial é o terceiro país produtor de petróleo da África subsaariana, a seguir à Nigéria e a Angola, não esquecendo importantes reservas de gás natural, numa economia fortemente dependente do sector dos hidrocarbonetos, que em 2016 representava cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB).
Cimeira com 250 empresários
A cimeira reúne missões empresariais, comitivas oficiais de vários países lusófonos. São Tomé e Príncipe está representado ao mais alto nível com o Presidente da República, Evaristo Carvalho.
O chefe de Estado de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, intervirá “online” no encontro, enquanto o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, lidera a comitiva cabo-verdiana em Malabo.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, cuja presença estava prevista, acabou por não se deslocar a Malabo.
A missão angolana é liderada pelo secretário de Estado da Cooperação de Angola, Domingos Lopes, enquanto Portugal será representado pelo encarregado de negócios.