O PAIGC, o partido maioritário mas na oposição na Guiné-Bissau, considera que a via do diálogo com o Presidente da República vai bem, enquanto Umaro Sissoco Embaló garante defender a ordem e assegurar que as autoridades não são assassinas.
Organizações da sociedade civil, no entanto, apelam ao diálogo.
À saída do encontro com o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embalo, o terceiro-vice presidente do PAIGC, Califa Seide, sem dar muitos detalhes, reconheceu que a negociação política “está numa boa via”, mas reiterou o pedido de uma abertura ao diálogo entre todos os actores políticos.
Seide, entretanto, denunciou o que considera ser uma perseguição política contra o antigo primeiro-ministro Aristides Gomes.
“Como sabem nos últimos tempos, ele tem estado a ser privado dos seus direitos fundamentais”, assinalou o líder da bancada parlamentar do PAIGC, que apontou o dedo ao Ministério Público.
Entretanto, ontem, o Presidente da República reiterou o apelo à ordem e progresso e garantiu que não haverá perseguição.
“Garanto-vos que nenhuma mulher será viúva ou filhos ficarão sem pais, por causa da perseguição política. Não somos assassinos, mas também não haverá indisciplina no país, deve haver ordem e progresso, vamos acabar com bocas de alugueres que insultam políticos, o povo guineense tem direito de viver em paz, a nossa sociedade não era assim”, defendeu Umaro Sissoco Embaló, reiterando que “nem o Presidente da República não tem direito de perturbar o seu povo”.
Entretanto, o vice-presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Mamadu Queita, apela à convergência dos actores políticos, para garantir a estabilidade política social e institucional.
“Chegou a altura dos guineenses em geral convergirem num só propósito: criar as condições efectivas para termos estabilidade política, social e institucional na Guiné-Bissau”, defendeu Queita, no que é corroborado por Seco Duarte Nhaga, presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis.
“Temos de apelar às autoridades da Guiné-Bissau para privilegiarem diálogo no sentido de garantira o país a estabilidade necessária”, sublinhou Nhaga.