26.8 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Guiné – Bissau: “Eles para além do golpe de Estado, queriam matar o Presidente da República”

PARTILHAR

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou, esta terça-feira, que as pessoas que atacaram o Palácio do Governo, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros, queriam matar o Presidente, o primeiro-ministro e os ministros.

“Eles não queriam apenas dar um golpe de Estado, queriam matar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República, em Bissau, depois de uma declaração à imprensa, seguida de perguntas.

O Presidente falou aos jornalistas acompanhado do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam do vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, e de outros membros do Governo e do seu gabinete.

O Presidente guineense afirmou que o país está de luto porque “alguns valentes filhos” tombaram hoje “por causa da ambição de duas ou três pessoas, que entendem que o país não tem direito de viver em paz”.

“Custava-me acreditar que um dia poderíamos chegar a este ponto. Ou que os filhos da Guiné poderiam voltar a perpetrar outro acto de violência. Nem podem imaginar este acto de violência. Preferiria que as pessoas me atacassem pessoalmente”, lamentou o Presidente guineense.

Nas declarações aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló salientou que não nasceu para ser “eternamente Presidente” e que está no lugar pela “confiança da maioria do povo guineense”.

“Apelo à comunidade internacional a continuar a apoiar a Guiné-Bissau porque este povo precisa”, disse.

Vários tiros foram ouvidos hoje perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por São Tomé e Príncipe.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Guiné-Bissau está a usar tecnologia blockchain para aumentar a transparência fiscal

A Guiné-Bissau, uma pequena nação mais conhecida pela instabilidade política recorrente, deu um salto gigante na transparência fiscal. Em...

Dez milhões de luandenses terão água canalizada até 2027

Dez milhões de cidadãos na província de Luanda vão beneficiar de água canalizada, depois de concluídos os projectos Bita...

PR felicita RDC pelo 64.º aniversário da independência

O Presidente da República, João Lourenço, felicitou esta segunda-feira o povo e o governo congolês pela celebração do 64.º...

PR felicita António Costa pela eleição à liderança do Conselho Europeu

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, enviou esta sexta-feira, uma mensagem de felicitações ao ex-primeiro-ministro de Portugal, António...