O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, lamentou hoje a morte do chefe de Estado da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, que foi “um amigo, companheiro de luta pela paz, desenvolvimento e segurança internacionais”.
Armando Guebuza endereçou uma mensagem de condolências ao presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Raimundo Perereira.
Na carta, a que a agência Lusa teve acesso, Armando Guebuza refere que “não é apenas a Guiné-Bissau que perde o seu ilustre filho e dirigente, promotor do seu progresso. Os PALOP, a CPLP, CEDEAO, a União Africana e o resto da comunidade internacional também perdem um amigo, companheiro de luta pela paz, desenvolvimento e segurança internacionais”.
O chefe de Estado moçambicano lembra que Malam Bacai Sanhá “construiu um legado que ficará registado com letras indeléveis na História dos defensores de causas nobres, no seu país, na região e no mundo”.
O Presidente da Guiné-Bissau, que contava 64 anos, faleceu na segunda-feira de manhã no Hospital Val de Grâce, em Paris, para onde tinha sido transferido no final de novembro de 2011.
Para Armando Guebuza, o estadista guineense foi um “nacionalista e integrante da galeria dos combatentes da Guiné-Bissau contra a dominação estrangeira”, que, aliás, “penhorou a sua vida inteira à causa da liberdade, dignidade e bem-estar para o seu povo bem como para um relacionamento profícuo com os povos da região e do mundo”.
Malam Bacai Sanhá ficará na história da Guiné-Bissau como o Presidente que mais tempo esteve ausente por motivos de doença, mas também pela luta para acabar com mais de uma década de instabilidade político-militar.
Nascido no sul da Guiné-Bissau, no dia 05 de maio de 1947, de etnia Beafada (uma das linhagens dos Mandingas), formou-se em ciências sociais e políticas na ex-RDA e percorreu quase todos os cargos políticos da Guiné-Bissau.
Antes de ser eleito chefe de Estado, em 2009, Bacai Sanhá ainda foi Presidente interino, depois do golpe de Estado que derrubou ‘Nino’ Vieira em 1999, após uma guerra civil fratricida de 11 meses.
Fonte: Lusa
