Um grupo armado ligado ao Estado Islâmico invadiu a tiros no início da tarde deste sábado, 2, a aldeia de Namatili, a norte do distrito de Mueda, na província moçambicana de Cabo Delgado, disseram à VOA várias fontes locais.
O ataque, no entanto, não causou vítimas.
O grupo invadiu a aldeia em motorizadas e empunhando metralhadoras de vários calibres, provocando pânico generalizado e fuga da população para as matas.
“Não queimaram casas, só disseram que vinham levar comida”, disse à VOA por telefone um morador local que foi confrontado com o grupo à chegada na aldeia.
“Eles disseram que ‘estavam com fome e não vinham maltratar pessoas’”, acrescentou citando um dos líderes dos insurgentes que o tinha interpelado.
Um professor, que preferiu o anonimato, descreveu o ataque de “apavorante”, enquanto fugia pela mata, 30 minutos depois do início da investida do grupo, localmente conhecido por al-Shabab.
Os insurgentes “não chegaram no mercado central, voltaram”, quando ouviram a aproximação de helicópteros da força aérea, que foi destacada para o local, disse outro morador local.
“A situação já está normal”, acrescentou a mesma fonte.
A aldeia atacada fica a cerca de 50 quilómetros da sede do distrito de Mueda, onde está implantado o quartel-general das forças moçambicanas e junto à fronteira com a Tanzânia.
Relatos dos moradores indicaram que o grupo já tinha invadido e roubado duas aldeias da Tanzânia há duas semanas.