O Ministério das Finanças está a ser acusado de ter inviabilizado as negociações que deveriam pôr termo a greve dos professores que já dura há dois meses, depois do seu representante ter faltado a uma reunião crucial que deveria ocorrer nesta quinta-feira, 03 de Março.
Segundo apurou o Portal de Angola, na referida reunião fariam parte dos os interessados no levantamento da greve dos professores, entre eles, o Sindicato Nacional de professores do Ensino Superior, o Ministério da Administração Pública Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e o Ministério das Finanças, com excepção do representante dos estudantes para discutir os pontos que constam do caderno reivindicativo apresentado pelo Sindicato dos professores. Entretanto, o representante do Ministério das Finanças não se fez presente no referido encontro, tendo este facto, inviabilizado a sua realização.
O Secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino superior (SINPTENO), Eduardo Peres Alberto, disse que o encontro desta quinta-feira, visava discutir a proposta salarial do Ministério do Ensino Superior, e a ausência do representante do Ministério das Finanças obriga a que a mesma seja adiada “possivelmente para a próxima quinta-feira”. Com este acto, de acordo com o líder sindical “agora já não é o sindicato que está a liderar a greve”, mas os “departamentos ministeriais do governo”.
Disse ainda que o Sindicato continua aberto ao diálogo com o governo, mas reafirmou a continuidade da greve em todas as instituições do ensino superior no país até que os Ministérios das Finanças e do Ensino Superior Ciência e inovação cumpram com os memorandos constantes do caderno reivindicativo apresentado pelos docentes.
“Queremos ressalvar o ano académico, mas isto depende de duas questões-chaves neste momento: a discussão sobre a proposta salarial do Ministério do Ensino Superior (…), bem como o estabelecimento do período único para a realização do processo eleitoral das instituições públicas do ensino superior”, recordou.
Os professores das instituições públicas do Ensino Superior estão em greve desde o passado dia 03 de Janeiro, convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Particular, por tempo indeterminado. Entre as exigências do Sindicato constam a melhoria das condições salariais bem como a eleição dos decanos das Faculdades e reitores das universidades públicas.