Os funcionários da INACEP – gráfica de produção de documentos públicos – estão de greve e querem a saída do director-geral que acusam de má gestão. Dizem que não recebem o salário há sete meses e que a empresa está a afundar-se a cada dia.
A Imprensa Nacional, INACEP, é o lugar onde são produzidos todos os documentos oficiais do Estado guineense. Por exemplo, é onde é produzido o Boletim Oficial, o equivalente ao Diário da República, editais públicos, diplomas, certificados oficiais ou passaportes.
Se não houver um entendimento nos próximos dias, os trabalhadores vão estar de greve durante 15 dias, a contar de quarta-feira, dia 14 de Abril.
Walter Mendonça, presidente do comité sindical de base fala em sete meses de salários em atraso e ainda pede a demissão do director-geral da INACEP, Bamba Banjai, a quem acusa de alegada má gestão da empresa e ainda falta de projectos para reerguer aquela que era uma das melhores empresas públicas da Guiné-Bissau, segundo as suas palavras.
“A imprensa a cada dia está a degradar-se. Estamos a perder clientes. Organizações internacionais já não estão a trazer trabalhos para o INACEP que era uma grande empresa em que todo o mundo confiava e agora está a perder credibilidade perante a sociedade”, considerou o sindicalista.
Walter Mendonça disse que cerca de 99% dos funcionários aderiram à greve e que as consequências da paralisação já se fazem sentir na produção dos passaportes que praticamente está parada.
O sindicalista afirmou que estão abertos ao diálogo com a tutela, a Secretaria de Estado da Comunicação Social, mas que por enquanto não foram convocados por ninguém. A RFI está a tentar obter a reacção do director-geral da INACEP, Bamba Banjai.