O ministro da comunição social de Angola vai reunir-se quinta-feira com representantes do sindicato dos jornalistas para discutir a difícil situação económica em que se encontram os orgãos de informação privados.
O encontro foi decidido pelo presidente João Lourenço que respondeu a uma carta do sindicato solicitando um encontro.
Segundo Emanuel Malaquias director da Rádio Despertar e integrante da equipa dos mediadores, a sobrevivência destes orgãos depende do controlo das publicidade pelo estado para uma distribuição equitativa aos diversos meios de comunicação sociale de ajuda financeira como manda a lei de imprensa.
Para Caxala Neto director do Jornal Visão, é importante que o executivo subvencione a imprensão dos jornais junto das gráficas.
“É preciso o controlo da publicidade pelo estado e criar o equilíbrio nas publicidades, e também uma ajuda financeira como recomenda a propria lei de imprensa” disse.
A mesma opinião tem Mariano Brás director do Jornal O Crime, que fala na necessidade da regulação dos preços das gráficas assim como exigir às empresas a realização de publicidades por diversos orgaos.
“É necessario que haja uma regularização nos preços das gráficas e a segunda acho tambám que deve haver uma exigencia das empresas em publicitarem em vários orgãos”, disse.
Já Escrivão José director do Jornal Hora H, diz não acreditar que da reunião desta quinta-feira haja frutos e queixa-se de terem sido excluidos do encontro.
“Não fomos informados, e desde já nao acredito que deste encontro saia alguma coisa util”, disse.
“Já fizemos vaáios contactos e nunca deu em nada nem mesmo para ajustarem os preços das gráficas”, disse.
Em resposta Teixeira Candido Secretario Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, esclareceu que não se pode falar de exclusão uma vez que ainda não houve resultados e que a sua organização está em defesa de todos os profissionais.
“Ainda não se pode falar de exclusão ou não, porque ninguém ainda beneficiou de nada, apenas houve uma iniciativa de determinados directores mas todos os orgãos poderão beneficiar porque nós estamos a defender todos os profissionais”, disse.
Segundo Sindicato dos Jornalistas Angolanos o quadro de dificuldades financeiras com que se depara a imprensa privada em Angola coloca em risco cerca de 10 mil postos de trabalho.
De acordo com os dados do SJA, existem no país cerca de 60 órgãos de comunicação social privados, entre rádios, televisões, jornais e portais de informação.