O novo modelo de recolha e tratamento de resíduos sólidos a ser implementado na capital angolana, Luanda, denominado “Área Limpa” tem a a participação das administrações municipais, comunais, de pequenas e médias empresas.
Enquanto moradores dizem que a situação de recolha de lixo continua deficitária, o documento que lança o concurso público faz referência à necessidade de descentralizar e garante que o Governo Provincial de Luanda (GPL) vai passar a apenas supervisionar e fiscalizar o processo.
Os moradores esperam por melhores dias, com o novo sistema.
Enquanto Adilson Dias, funcionário público e morador no Cazenga, aguarda não ver mais “lixo pelas ruas de Luanda”, José Muongo, também funcionário público e morador no município de Viana, diz que o maior problema “está no facto de as empresas contratadas não conseguirem recolherem o lixo que as populações produzem”.
A VOA contactou Ernesto Gouveia, director do Gabinete de Comunicação Institucional, do Governo Provincial de Luanda (GPL), que negou gravar entrevista mas garantiu estar o processo de contratação das empresas em curso.
Segundo a nota publicada no site oficial do Governo de Luanda, a nova estratégia de recolha e gestão dos resíduos sólidos prevê igualmente limpar até as zonas de difícil acesso, como becos e valas de drenagem.
No caso das valas de drenagem, o novo modelo de recolha de lixo impõe uma calendarização que vai permitir uma limpeza regular.
No mês de Março, o Secretariado do Bureau Político do MPLA analisou a situação e fez recomendações para uma “maior celeridade na resolução do problema do sistema de recolha e tratamento de resíduos sólidos na província de Luanda”.