O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, informou, hoje, que o Governo vai estabelecer contacto com a família de Jonas Savimbi para a entrega dos seus restos mortais, depositados numa unidade militar no Andulo.
De acordo com a Angop, com esta medida, o Governo afasta do processo a direcção da UNITA, por entender que quer fazer aproveitamento político do assunto.
Pedro Sebastião disse haver um elemento perturbador neste processo que precisa de ser afastado, tendo afirmado que a direcção da UNITA desejava um funeral de Estado para Jonas Savimbi, à semelhanmça do general Arlindo Chenda Pena “Ben Ben”.
Afirmou que o Governo não tem interesse em manter sob sua custódia os restos mortais do fundador da UNITA.
A direcção da UNITA e a família de Jonas Savimbi recusaram-se, terça-feira (28), a receber os restos mortais do malogrado, no Andulo, o que levou a comissão técnica a depositá-los numa unidade militar local.
A inumação dos restos mortais de Jonas Savimbi estava inicialmente prevista para o próximo sábado, 1 de Junho, no cemitério da aldeia Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, cerca de 130 quilómetros a norte da cidade do Cuito.
O político havia manifestado, ainda em vida, que, quando morresse, fosse enterrado no cemitério da aldeia de Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, junto à tumba dos seus progenitores.
Nascido na localidade de Munhango, na província do Bié, a 3 de Agosto de 1934, Jonas Savimbi morreu, em combate, no Lucusse, província do Moxico, a 22 de Fevereiro de 2002, e havia sido enterrado no cemitério municipal do Luena.