A governadora da Lunda Norte, Deolinda Satula Vilarinho, defendeu esta terça-feira, a necessidade do reforço dos mecanismos de prevenção e combate ao tráfico de seres humanos, sobretudo nas províncias fronteiriças.
A governante que discursava na abertura do Workshop sobre ” Mecanismos Nacional de Referência às Vítimas de Tráfico de Seres Humanos”, disse ser necessário o reforço do trabalho conjunto entre os órgãos de defesa e segurança e a sociedade civil, destacando em particular, o papel das autoridades tradicionais que residem ao longo das fronteiras, neste combate.
Segundo Deolinda Vilarinho, a província da Lunda Norte partilha cerca de 770 quilómetros de fronteira terrestre e fluvial com a República Democrática do Congo (RDC), uma realidade que exige dos órgãos de defesa e segurança, vigilância redobrada, para o combate eficaz da imigração ilegal, tráfico de seres humanos, de diamantes, entre outros crimes.
Sublinhou que a extensão da fronteira, aliada a permanente crise económica, política e social na RDC, acaba por ser uma porta de entrada de imigrantes no país e na sua maioria ilegais e vítimas de tráficos de seres humanos, aliciadas com promessas de emprego e melhores condições de vida.
Para a governante, a realização do workshop é de importância capital para melhor capacitação dos membros das instituições públicas e da sociedade civil, por formas a proporcionar ferramentas capazes de ajudar a identificar possíveis casos de tráfico de seres humanos.
“O nosso desejo enquanto parte interessada nesta matéria, é que esta formação resulte em competências que permitirão aos participantes a obtenção de valências e conhecimento necessário para melhoria contínua do nosso trabalho enquanto servidores públicos”, frisou
Por outro lado, apelou ao envolvimento da sociedade civil, na promoção da dignidade da pessoa humana, para que possa atingir os patamares de uma sociedade cada vez mais justa e cada vez mais participativa.
O evento promovido pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, visa encontrar mecanismos de prevenção e combate ao tráfico de seres humanos no país, sobretudo ao longo das fronteiras com a República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com o programa enviado esta segunda-feira, à ANGOP, vão participar no evento, órgãos que intervêm na administração da Justiça, profissionais do MININT, membros do Comité Locais de Direitos Humanos, técnicos de identificação e encaminhamento de vítimas de tráfico de seres humanos. CMC/HD