O governador de Nova Iorque demitiu-se esta terça-feira após ter sido acusado de ter assediado várias mulheres, funcionárias e ex-funcionárias do seu governo. Kathy Hochul deverá substituir o governador segundo avança a CNN.
No seu anúncio de demissão Cuomo afirma que a investigação tem “motivações políticas” e afirmou que deixava o cargo para não se tornar um problema.
“Sou nova-iorquino, nascido e criado. Sou um lutador e meu instinto é lutar contra esta polémica porque realmente acredito que é politicamente motivado, acredito que é injusto e não é verdadeiro e acredito que demoniza o comportamento e isso é insustentável para a sociedade”, disse.
A procuradora de Nova Iorque Letitia James tinha anunciado no início de agosto que uma investigação independente ao governador Andrew Cuomo concluiu que este assediou sexualmente várias funcionárias e ex-funcionárias do governo criando um ambiente de trabalho “hostil”.
A investigação, conduzida por dois advogados externos, concluiu que a administração de Cuomo estava “repleta de medo e intimidação”.
Cuomo e a sua equipa, de acordo com a investigação, chegaram a trabalhar em conjunto numa retaliação contra uma ex-funcionária que o acusou de assédio. Cuomo nega tudo.
Bennett, Lindsey Boylan, Anna Liss e Karen Hinton, antigas assessoras ou colaboradoras do governador, acusaram-no de assédio sexual.
Andrew Cuomo, de 63 anos, é filho do ex-governador de Nova York, Mario Cuomo. O democrata chegou a ser considerado um futuro candidato à presidência dos EUA.