A abertura da cimeira do G7, realizada virtualmente, é dominada pela questão da vacinação anti-Covid-19 a nível mundial e pela preocupação dos sete países mais industrializados do mundo, em deixar para trás os psicodramas ocorridos durante a presidência norte-americana de Donald Trump. Presidido pelo Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a partir de Londres, o encontro do G7decidiu destinar os excedentes de vacinas contra a covid para os países mais pobres, assim como definir uma estratégia colectiva para sair da pandemia.
“Nós devemos assegurar a vacinação em todo mundo, porque estamos perante uma pandemia global, e não há razões para que um país esteja a frente do outro. Nós temos que avançar unidos” , afirmou o Primeiro-Ministro britânico , Boris Johnson, para quem é necessário, que a vacina anti-covid seja acessível à todos os países do mundo.
A Alemanha decidiu contribuir com uma ajuda de 1,5 mil milhões de euros para a luta mundial contra a pandemia de Covid-19,da qual uma parte será a favor do programa de vacinação Covax.
O anúncio da ajuda foi feito pelo ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, que sublinhou, que o seu país já tinha disponibilizado uma verba de 600 milhões de euros, no âmbito do combate à pandemia.
Paralelamente os Estados Unidos decidiram contribuir com 4,6 mil milhões de dólares, para que o programa Covax das Nações Unidas possa adquirir vacinas para uma distribuição mundial.
Nesse contexto , o Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu os países mais ricos para ir mais longe e transferir 3 a 5 % das suas reservas de vacinas para a África.
Macron tinha declarado numa entrevista ao Financial Times , que o aumento das desigualdades a nível mundial, tornou-se politicamente insustentável, porque abriu o caminho, através das vacinas, à uma luta de influências”.
O presidente francês, participou também numa conferência sobre segurança, onde enfatizou a importância do Ocidente ajudar África na aquisição de vacinas para lutar contra a pandemia de Covid-19.
“Penso que se quisermos ser bem sucedidos num multilateralismo que produza resultados o desafio que se nos coloca é que nós: europeus, americanos, permitamos que todos os países do mundo, pobres e emergentes tenham acesso quanto antes ao diagnóstico, aos tratamentos e à vacina e possam melhorar o respectivo sistema de saúde.
Há momentos no G7 anunciámos montantes importantes e demos, parece-me, um passo em frente importante, mas eu defendo uma ideia muito simples depois de ter debatido com os nossos parceiros africanos !
O continente africano tem 6,5 milhões de profissionais de saúde.
São necessárias 13 milhões de doses de vacinas para os proteger e permitir que o sistema de saúde consiga resistir.
Se nós, europeus e americanos, fizermos o necessário para entregar quanto antes estas 13 milhões de doses isso será determinante e dar-nos-á credibilidade.
Isso representa 0,43% das doses que encomendámos.”