As potências do G20 devem enviar sinais mais fortes de sua vontade de transformar os sistemas mundiais de energia e devem liderar os planos para mitigar o aquecimento global na cúpula da COP28, disse o novo presidente da conferência e o chefe de clima da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira.
Representantes das 20 principais economias do mundo reunidos em Chennai, na Índia, não conseguiram chegar a um consenso no sábado sobre a redução gradual do uso de combustíveis fósseis, após objeções de alguns países produtores.
“Devemos deixar Chennai no caminho certo e com um sinal claro de que existe vontade política para enfrentar a crise climática”, disse Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em comunicado conjunto com o presidente da COP28, Sultan al-Jaber.
Na COP28 — que acontecerá em Dubai em dezembro — o G20 deve traçar “o caminho para um resultado forte e confiável que forneça aos países em desenvolvimento a base para empreender uma transição justa”, disseram.
Eles disseram que pretendem definir uma meta global de adaptação, uma parte fundamental do acordo climático de Paris de 2015, e colocar em operação o fundo de perdas e danos — acordado na COP27 do ano passado no Egito — na COP28.
A mitigação é a ação tomada para limitar as mudanças climáticas, cortando ou eliminando as emissões de gases do efeito estufa, ou removendo-as da atmosfera, enquanto a adaptação é o ajuste necessário para reduzir os danos causados pelas mudanças climáticas.
Por Yousef Saba