Na perspectiva das eleições europeias de Maio próximo, o executivo francês vai ser objecto de uma remodelação governamental, devido à partida de Natahlie Loiseau,ministra dos assuntos europeus. Loiseau será a cabeça de lista do La République En Marche, partido presidencial, nas eleições de Maio. O actual porta-voz do governo e também,Benjamin Griveaux, seguirá nas pegadas de Nathalie Loiseau.Contráriamente à esta última, Griveaux ambiciona ser o próximo edil de Paris.
Esta quarta-feira, Nathalie Loiseau participou no seu último Conselho de Ministros, depois de ter anunciado na véspera a sua demissão do cargo de ministra dos assuntos europeus, de forma a liderar a lista do partido La République En Marche, nas eleições europeias de Maio.
Entre os nomes indigitados para substituir Loiseau na pasta dos Assuntos Europeus, está o de Clément Beaune. Com 37 anos de idade, Beaune é actualmente conselheiro de Emmanuel Macron para a Europa e o G20.
Segundo o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, a substituição de Nathalie Loiseau não foi abordada durante o Conselho de Ministros. Griveaux cujo objectivo é candidatar-se a Câmara Municipal de Paris em 2020, poderá ser a próxima figura do actual executivo francês a optar pela demissão.
De acordo com círculos afectos à Griveaux, a sua partida do governo poderia ser divulgada no fim da corrente semana. Recorrendo a uma ambiguidade linguística, Benjamin Griveaux, afirmou no decurso do Conselho de Ministros, que anunciaria a sua demissão durante a primavera que vai até ao dia 21 de Junho.
Paralelamente, ele prepara nos bastidores a sua candidatura às autárquicas de Paris.
Numa situação idêntica está o secretário de Estado para a Economia Digital, Mounir Mahjoubi.
Tanto Mahjoubi como Griveaux batalham para representar o partido La République en Marche nas municipais, frente a edil cessante de Paris, a socialista Anne Hidalgo.
A designação do candidato do LRM, terá lugar em Junho.
Sublinhe-se que a última remodelação no seio do governo francês, ocorreu em 16 de Outubro de 2018 na sequência da demissão do então ministro do Interior, Gérard Collomb.Oito pastas ministeriais foram substituídas,na referida data.