A primeira-ministra francesa Élisabeth Borne apresentou esta segunda-feira a demissão, menos de dois anos depois de ter aceitado chefiar o Governo. O presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou a demissão.
A saída de cena de Borne acontece num período de enorme desgaste para o executivo e para o Presidente francês, à boleia do endurecimento das leis de imigração.
Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), Emmanuel Macron agradeceu o trabalho “exemplar” de Borne ao serviço do Estado francês.
“Colocou em marcha o nosso projeto com a coragem, o compromisso e a determinação das mulheres de Estado. De todo o coração, obrigado”, escreveu o presidente francês.
O nome do próximo primeiro-ministro francês será conhecido na terça-feira de manhã. Segundo o Palácio do Eliseu, Borne manter-se-á no cargo até ser nomeado formalmente um sucessor.
Élisabeth Borne, que estava no cargo há menos de dois anos, foi a terceira primeira-ministra de Emmanuel Macron, e apenas a segunda mulher a liderar um executivo em França.
Depois da difícil aprovação da lei polémica da imigração, que fraturou a maioria, no final de dezembro, a imprensa francesa admitia que Borne tinha os dias contados no cargo de primeira-ministra.
A renúncia abre agora caminho a uma remodelação no Governo do país, promovida por Macron, para dar novo ímpeto à governação e ao seu mandato.
Em ano de Jogos Olímpicos em Paris e, sobretudo, de eleições europeias, o chefe de Estado francês quer oferecer um balão de oxigénio ao Governo e à sua própria liderança, numa altura em que a União Nacional, de Marine Le Pen, lidera as sondagens.