O presidente Emmanuel Macron pede que as forças republicanas construam uma maioria sólida no parlamento, antes de nomear novo primeiro-ministro, o que segundo ele “poderia levar algum tempo”. O chefe de Estado exprimia-se na imprensa regional nesta quarta-feira, e isto, pela primeira vez, desde as eleições legislativas de domingo, 7 de Julho.
Numa carta publicada nesta quarta-feira, 10 de Julho, na imprensa regional o chefe de Estado francês, ausente nos Estados Unidos para a cimeira da NATO, alega que ninguém venceu o escrutínio e que nenhuma maioria acabou por se impor no hemiciclo, perante os três blocos principais.
Emmanuel Macron alega deixar algum tempo às forças políticas republicanas para buscarem consensos. Daqui até lá o governo actual continuará em funções.
O presidente francês alega que apenas as forças republicanas representam uma maioria absoluta no hemiciclo.
A coligação de esquerda foi a mais votada, seguida pela aliança presidencial, e depois a União Nacional.
E isto enquanto a direita tradicional manteve apenas cerca de 60 deputados, muito longe dos três primeiros blocos.
Macron apela a que “o conjunto de forças políticas que se identificam com as instituições da república: o Estado de direito, o parlamentarismo, a defesa da construção europeia e da independência francesa encetem um dálogo visando a obtenção de uma maioria sólida, necessariamente plural para o país.”