Cabo Verde sucedeu a Angola na presidência do Fórum PALOP, um organismo que acolheu também, numa cimeira virtual, a Guiné Equatorial como membro de pleno direito enquanto Timor Leste passou a ter o estatuto de membro observador. O Fórum desta terça-feira permitiu aos estadistas lusófonos africanos se concertarem também na gestão da pandemia em curso ligada à Covid-19 e à necessidade de se vacinarem as respectivas populações.
Os PALOP, Países africanos de língua oficial (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), dispõem deste Fórum PALOP, um mecanismo de concertação regional, que foi bem anterior à institucionalização em 1996 da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa.
Um organismo ao qual se juntou em 2014 a antiga Guiné espanhola, actual Guiné Equatorial, que passa agora a ter também no Fórum PALOP do estatuto de membro de pleno direito.
Enquanto Timor Leste, Estado lusófono no sudeste asiático, passa a ter a partir desta cimeira virtual de 27 de Abril de 2021 de um estatuto de observador neste organismo.
Tete António, ministro angolano das relações exteriores, refere que os estadistas “falaram da crise sanitária, dos aspectos muito importantes e da questão muito importante que é o acesso universal às vacinas que é uma preocupação de todos nós.”
Para o chefe da diplomacia de Luanda “nós não gostaríamos de ver o mundo em desenvolvimento discriminado quanto ao acesso à vacina [contra a Covid-19] porque na verdade o mundo inteiro só estará seguro se todos nós formos vacinados”.
Tete António lembrou o facto de os países africanos de língua oficial portuguesa manterem esta relação “singular”, muito antes do aparecimento de outros fóruns, o Fórum PALOP foi a “casa de partida”, antes da libertação.
“Gostaríamos de ver essa expressão mais forte ainda nas novas lutas que são as lutas para o desenvolvimento. Cabo Verde assume a presidência e foi decidido também que, no fim do mandato de Cabo Verde a presidência será assumida de forma rotativa, por ordem alfabética.”