O futuro governo de coligação da República Democrática do Congo (RDC) foi finalmente revelado no domingo à noite, sete meses após a tomada de posse do novo chefe de Estado, Félix Tshisekedi, a 24 de janeiro, escreve o DN que cita a Lusa.
“Aqui está finalmente o executivo. Com o governo instalado, e depois da investidura da Assembleia Nacional, em breve começaremos a trabalhar”, disse à imprensa o primeiro-ministro, Sylvestre Ilunga, nomeado a 20 de maio.
Trata-se de um governo de coligação entre as forças políticas de Tshisekedi, vencedor das eleições presidenciais de 30 de dezembro, e o seu antecessor, Joseph Kabila, que manteve a maioria no Parlamento e nas 26 províncias do maior país da África Subsariana.
Com base no acordo entre as duas partes, 42 elementos seriam colocados pelo movimento opositor de Kabila e 23 pela força de Tshisekedi.
“Esta é uma experiência de coabitação que é a primeira no nosso país”, disse o primeiro-ministro.
As discussões entre as duas forças políticas “levaram tempo”, porque era necessário “esvaziar tudo o que pudesse impedir o funcionamento do governo”, acrescentou Ilunga, sublinhando: “a mudança começa agora”.
O governo compreende “83% de homens e 17% de mulheres”, indicou. “Esta percentagem ainda é fraca, mas tem de se pesar a importância das pastas que foram atribuídas às mulheres”, explicou o primeiro-ministro.
No total, 76,9% dos ministros nunca foram membros do governo antes, “uma inovação importante”, salientou.