Bilal al-Sudani, era um importante facilitador financeiro do Estado Islâmico, que se encontrava num complexo de cavernas montanhosas
WASHINGTON —
Forças de operações especiais dos EUA mataram um alto funcionário do grupo Estado Islâmico e 10 outros agentes terroristas no remoto norte da Somália.
A Administração Biden disse nesta quinta-feira, 26, que a operação realizada na quarta-feira teve como alvo Bilal al-Sudani, um importante facilitador financeiro para a organização terrorista, que se encontrava num complexo de cavernas montanhosas.
“Esta accão deixa os Estados Unidos e seus parceiros mais seguros e protegidos e reflecte o nosso firme compromisso de proteger os americanos da ameaça do terrorismo em casa e no exterior”, disse o secretário de Defesa Lloyd Austin em comunicado.
Duas fontes do Governo que pediram o anonimato disseram aos repórteres que Presidente Joe Biden foi informado na semana passada sobre a missão proposta, que surgiu após meses de planeamento e deu a aprovação final para realizar a operação nesta semana, seguindo a recomendação de Austin e do chefe do Estado-Maior Conjunto, general do Exército Mark Milley.
Al-Sudani, que estava no radar das autoridades de inteligência dos EUA há anos, desempenhou um papel fundamental ao ajudar a financiar as operações do Estado Islâmico na África, bem como o braço terrorista IEstado Islâmico-K que opera no Afeganistão, acrescentou Austin.
No ano passado, o Departamento do Tesouro dos EUA revelou que al-Sudani trabalhou em estreita colaboração com outro agente do Estado Islâmico, Abdella Hussein Abadigga, quem recrutou jovens na África do Sul e os enviou para um campo de treinamento de armas.
Abadigga, que controlava duas mesquitas na África do Sul, usou sua posição para extorquir dinheiro dos membros das mesquitas.
Al-Sudani considerava Abadigga um apoiante de confiança que poderia ajudar os apoiadores do Estado Islâmico na África do Sul a se organizarem melhor e a recrutar novos membros.
Al-Sudani havia sido originalmente alvo de sanções do Departamento do Tesouro em 2012 pelo seu papel no al-Shabab, outra organização terrorista que opera na Somália.
Um alto funcionário do Governo disse que ele ajudou combatentes estrangeiros a viajar para um campo de treinamento do al-Shabab e facilitou o financiamento de extremistas violentos na Somália.