O Fundo Monetário Internacional agravou as perspetivas económicas a nível mundial. A recessão, a nível global, será mais profunda do que o previsto em abril. As perdas acumuladas, para a economia global, ascenderão aos mais de 10 biliões de euros em 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, “haverá uma recessão mais profunda em 2020 e uma recuperação mais lenta em 2021”, em comparação com as previsões anteriores.
Um cenário mais pessimista mas em abril já se apontava para a recessão mais grave desde a grande depressão de 1930.
Gita Gopinath explicou que “à medida que os países reabrem, a recuperação não é igual. Por um lado, a procura reprimida está a levar a um aumento nos gastos, em alguns setores como o varejo. Por outro lado, setores como o da hospitalidade, turismo e viagens continuam em depressão”.
Só na zona Euro o PIB deverá contrair-se mais do que o previsto, 10,2%, como resultado direto da paralisia económica para conter a pandemia de Covid-19. A recuperação, lenta, deverá começar no próximo ano.
Itália deverá ser um dos países da Zona Euro mais tocados pela recessão, 12,8 por cento. França fica umas décimas a baixo. Apenas a Alemanha não viu agravar, substancialmente, as previsões.
O documento não fala, especificamente, de Portugal mas haverá, provavelmente um agravamento do cenário previsto em abril, que era de uma recessão de 8%.