O ministro angolano da defesa, João Ernesto dos Santos, esteve no passado fim de semana em Cabinda tendo afirmado ao Jornal de Angola que o enclave goza de uma situação política e militar estável. A FLEC-FAC, Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças armadas de Cabinda, desmente aquelas declarações, falando de um cessar fogo desde 13 de Abril, na sequência do apelo lançado pelo secretário geral da ONU para combater a pandemia de Covid-19.
Aquele movimento independentista afirma mesmo que a repressão angolana se teria mantido com registo da morte de cinco civis no mês passado.
O movimento lembra que Angola teria invadido em Novembro de 1974 o território, até então um protectorado português, precipitando a guerra dos cabindas contra a ocupação de Luanda.
A FLEC-FAC afirma ter dado provas de boa vontade e instaurado um cessar-fogo, ainda em vigor, após um apelo de António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, para que, pelo mundo fora, cessassem hostilidades por forma a privilegiar o combate à pandemia do novo coronavírus.
O comandante brigadeiro António do Rosário, é porta-voz das Forças armadas de Cabinda, ele reitera o seu apelo à retoma do diálogo com as autoridades angolanas, num processo sob supervisão internacional.