A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) anunciou a morte de quatro militares das Forças Armadas Angolanas, em confrontos naquele enclave, que provocaram ainda a morte de seis civis e dois dos seus combatentes.
Num designado “comunicado de guerra”, assinado pelo general de brigada e porta-voz do Estado-Maior-General das Forças Armadas Cabindesas (FAC), António do Rosário, a FLEC informou que os confrontos aconteceram na noite de terça-feira (02.06), na vila de Chuvovo, região de Massabi.
Segundo a mesma informação, os incidentes ocorreram “devido a provocação do Exército angolano que violou o cessar-fogo recentemente decretado no território de Cabinda”.
A FLEC, através do seu “braço armado”, as FAC, luta pela independência no território alegando que o enclave era um protectorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes facções, efémeras, com a FLEC/FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma “resistência armada” contra a administração de Luanda.