Num encontro com o Chefe de Estado-maior da Marinha de Guerra Angolana, o oficial norte-americano afirmou que reforçou o seu entendimento sobre Angola e a sua visita vai ampliar a cooperação bilateral militar, no âmbito do memorando de parceria estratégica assinado em 2009, pela secretária Hillary Clinton e o antigo ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos.
Ray Mabus afirmou que Angola é um dos três parceiros estratégicos que os Estados Unidos têm na África Subsaariana, ao lado da África do Sul e Nigéria. O oficial norte-americano convidou Angola a participar no simpósio internacional das forças navais, que vai decorrer no Estado do Colorado, nos Estados Unidos da América, em Outubro, para troca de experiências.
O simpósio acontece de dois em dois anos e reúne comandantes de Marinhas de todo o mundo. O objectivo é discutir temas como a segurança marítima, pirataria, tráfico de pessoas e bens no mar. Outro convite feito a Angola tem a ver com a participação no “Africa Partnership Station”, uma iniciativa das Forças Navais dos EUA na Europa, que trabalha com parceiros internacionais para melhorar a segurança e a vigilância marítima em África. A iniciativa serve para partilhar conhecimentos entre as forças armadas, guarda costeira e fuzileiros navais na formação de equipas, projectos de construção de unidades navais, reparação de embarcações e em exercícios militares conjuntos, com vista a combater a pirataria marítima em África.
Cooperação dinâmica
No encontro de ontem, o chefe de Estado-maior da Marinha de Guerra, Augusto da Silva Cunha, disse que o reforço das relações entre Angola e Estados Unidos vai permitir uma cooperação mais dinâmica entre as Forças Armadas.
“É uma visita importante que vai permitir a troca de experiências e reforçar a amizade já existente entre os dois países”, disse, sublinhando que, no âmbito de reestruturação da Marinha todos os apoios são necessárias para que o país tenha “uma Marinha à altura” dos desafios do país e da região. “Há um processo de reestruturação em curso nas Forças Armadas, onde está prevista a aquisição de mais meios para que a Marinha possa cumprir a sua missão”, disse. Conclui afirmando que a segurança no mar passa por um sistema de radar que permita ver à distância quem está a violar o espaço.