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Sexta-feira, Outubro 18, 2024

Finalistas defendem trabalhos de fim de curso

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 - portal de angola
Finalistas do curso de Química quando apresentam os seus trabalhos de fim de curso

Duzentos e trinta e três estudantes dos cursos de mecânica e química analítica do Instituto Médio Politécnico de Chiaze em Cabinda são submetidos desde segunda-feira a provas de fim curso, para obtenção de grau de técnico médio.
As sessões de defesa dos trabalhos de fim de curso são feitas na presença de um corpo de jurado integrado por três professores, sendo o presidente, um docente com formação do curso em defesa e uma plateia de amigos e parentes próximos de estudantes finalistas.
Os estudantes, finalistas na sua maioria, têm sido eloquentes nas intervenções de defesa, mercê da boa preparação que tiveram na elaboração e interpretação técnica e cientifica dos trabalhos de fim de curso e da prestimosa colaboração pedagógica dos tutores, por sinal docentes da instituição.
O director do Instituto Médio Politécnico de Chiaze manifestou o seu optimismo quanto aos resultados globais dos estudantes finalistas, já que “eles têm estado a dar provas de que os três anos de aprendizagem foram bem aproveitados”.
Francisco Capita, satisfeito com o desempenho dos estudantes do Instituto do Chiaze, que dirige há três anos, referiu que face à excelente qualidade de ensino e aprendizagem, dois alunos do curso de química analítica estão a trabalhar já na petrolífera Chevron, um gesto que, para o responsável.
“só veio galvanizar ainda mais os outros estudantes a dedicarem-se aos estudos”, disse.
O director disse que no Instituto Médio Politécnico de Chiaze, apenas se ministram dois cursos específicos, mecânica e química analítica, por se situar próximo do campo petrolífero de Malongo, local de referência capaz de absorver um número considerável de estudantes no mercado de emprego.

“Já temos dois estudantes a trabalhar no campo petrolífero de Malongo. Acredito que, com os bons resultados à vista, outras áreas de serviço daquela companhia vão precisar de força de trabalho”, disse Francisco Capita.
O director apelou às empresas que operam na área de mecânica a recrutarem quadros formados no Instituto Médio Politécnico de Chiaze, por apresentarem profissionalismo e qualidade de trabalho.
“As empresas interessadas podem contactar a nossa instituição e fazer uma selecção dos melhores estudantes”, disse o director.

Finalistas optimistas

Os anseios que se reflectem na obtenção de bons resultados finais, mercê dos trabalhos de defesa de fim de curso, não se resumem apenas à direcção da instituição. Entre os próprios estudantes finalistas reina também optimismo e satisfação, tal como garantiu à reportagem do Jornal de Angola o estudante Maurício Brás Wini, do curso de química, na especialidade de ambiente e controlo de qualidade. O jovem, de 22 anos, disse sentir-se regozijado por ser um dos primeiros estudantes da província a formar-se na área de ambiente e controlo de qualidade, agradecendo o Executivo Central por ter construído de raiz o novo Instituto Médio Politécnico de Chiaze.
“A evolução tecnológica e a qualidade de vida em Angola”, é o tema que Maurício Brás Wini preparou para a defesa de fim de curso, por se tratar, segundo ele, de uma matéria de relevância para Angola, numa altura em que o ambiente constitui assunto de discussão mundial.Concluído o ensino médio, Maurício Brás Wini já pensa continuar com os seus estudos, aprofundando os conhecimentos em química e na área da sua especialização. Como defendeu, “é um curso muito pertinente por incidir especificamente na protecção e conservação da nossa sociedade”.
Os anseios na obtenção de bons resultados finais e de dar sequência aos estudos de nível superior, também são transmitidos por José António Miala, que considera o tema da sua defesa um instrumento valioso que vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos angolanos, tendo em conta o crescimento social e económico que o país está a registar.
“Já tenho conhecimentos de nível médio na área de ambiente e controlo de qualidade. Darei o meu contributo para a educação da sociedade sobre as regras ambientais”, disse José António Miala, para quem o empenho e dedicação dos professores durante os três anos de formação terão contribuído bastante para o êxito da sua formação académica.

Laboratórios sem reagentes

Nem tudo é um “mar de rosas” no Instituto Médio Politécnico de Chiaze. Se a direcção imprime um esforço titânico para manter uma boa qualidade de ensino e aprendizagem, no domínio funcional há algumas dificuldades, como revelou o seu director, Francisco Capita. As dificuldades circunscrevem-se à falta de reagentes para os laboratórios e material sobressalente para as práticas em oficinais de serralharia e outros trabalhos de manutenção industrial.
Outra grande dificuldade é a falta de meio de transporte para apoiar os professores estrangeiros. Para se deslocarem das suas residências à escola, estes recorrem a táxis num percurso de aproximadamente dez quilómetros.
Francisco Capita contou que a secretaria provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, tem conhecimento dessas dificuldades. O responsável acredita em dias melhores e apela ao corpo docente para “ter paciência”.
O Instituto Médio Politécnico de Chiaze funciona com 34 professores, dos quais 15 de nacionalidade cubana. No presente ano lectivo, prestes a findar, matriculou 557 alunos em todas as classes.
Rigoberto Samora, cubano de nacionalidade, é professor de química analítica há dois anos. Ao descrever a estrutura técnica do laboratório de química, o docente disse que o mesmo está dotado de equipamentos de alta tecnologia com capacidade para albergar entre seis e 12 alunos.
O professor sublinhou estar surpreendido pela positiva face ao interesse e abnegação que os alunos manifestam durante as sessões práticas, lamentando apenas a falta de reagentes no laboratório.
“Procuramos com os materiais disponíveis fazer demonstrações, misturas e preparações de dissoluções que os alunos podem ter em substâncias como a água”, disse Rigoberto Samora, sublinhando que a falta de reagentes impede os alunos de obterem conhecimentos práticos sólidos.
O Instituto Médio Politécnico de Chiaze é uma obra do Executivo Central construída de raiz no quadro do programa nacional de extensão e implantação de institutos politécnicos em todo o país. O empreendimento foi inaugurado formalmente no dia 17 de corrente mês pelo Vice-Presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O director da instituição Francisco Capita sente-se feliz porque “trabalha numa escola dotada de excelentes condições infra-estruturais e que ostenta um conforto que não só anima os professores como os próprios alunos”, disse o director Francisco  Capita a concluir.

Bernardo Capita | Cabinda

Fonte: Jornal de Angola

Fotografia: Rafael Tati

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