Mais de duzentas mortes, regiões inteiras devastadas, onde sobreviventes apelaram ao aprovisionamento em água e alimentação, é o balanço da passagem do tufão Rai pelas Filipinas. As ilhas, mais severamente atingidas pela tempestade, foram as de Surigao e Bohol.
Segundo a delegação filipina da Cruz Vermelha, depois da passagem do tufão Rai pelas regiões costeiras do país asiático, o estado de destruição é total.
A tempestade arrancou telhados e árvores, derrubou postes eléctricos, demoliu habitações de madeira, assim como inundou povoados inteiros.
De acordo com testemunhas locais, a situação é desesperada e a população, nomeadamente de Surigao, necessita de água potável e de comida.
A polícia nacional informou que pelo menos 208 pessoas morreram, 239 ficaram feridas e 52 desapareceram, na sequência da passagem do ciclone Rai, pelas regiões meridionais e centrais do arquipélago filipino.
Segundo fontes policiais, no dia 16 de Dezembro de 2021, mais de 380.000 pessoas fugiram das suas casas, no momento em que a tempestade alcançava as terras centrais das Filipinas.
O tufão Rai alcançou tardiamente o arquipélago asiático, uma vez que a estação dos ciclones na Ásia, decorre de Julho a Outubro.
De acordo com os especialistas, esta última tempestade, faz-nos lembrar o super tufão denominado Hayan, que se tinha abatido sobre as Filipinas em 2013.
Uma das ilhas mais severamente atingida pelo tufão Rai, é Bohol, conhecida pelos seus tarsos, primatas existentes no arquipélago.
Segundo Arthur Yap, governador provincial, em Bohol, pelo menos 94 pessoas morreram.
Para além de Surigao e Bohol, danos importantes registaram-se também nas ilhas de Siargao, Dinagat, e Mindinao, atingidas por rajadas de vento de 195 kms horários.
Os meios de comunicação, bem como a electricidade não estão a funcionar nas regiões filipinas mais duramente atingidas pelo tufão Rai.