Maternidade Lucrécia Paim está a ser acusada por uma família de dar destino incerto a um recém-nascido, cujo parto se realizou em Agosto de 2020. Ao Novo Jornal, directora do hospital «jura de pés juntos» que a bebé faleceu após o parto e garantiu que cadáver está identificado.
Os cidadãos António Bunga Lupini e Marcelina Espinha, ambos de 28 anos, igualmente marido e esposa, acusam a Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, de dar destino incerto ao seu bebé, nascido naquela unidade hospitalar no dia 20 de Agosto de 2020, que teria, de acordo com as parteiras, falecido horas depois.
Em declarações ao NJ, o casal alega ter “desconfiança” de um “suposto” rapto ou troca de bebés e exige a realização de um teste de DNA ao cadáver apresentado pela maternidade.
“Demos entrada na maternidade no dia 20 de Agosto, quando eram seis horas da manhã e, às oito, realizou-se o parto. No mesmo dia, às 12, fomos informados pela médica em serviço de que o parto, apesar de ser cesariana, havia corrido bem, que o nosso filho nascera com seis quilos”, explica o pai, que acrescenta ter sido “surpreendido dois dias depois, isso no sábado, 22 de Agosto, enquanto a esposa recuperava da cirurgia, com uma mensagem que dava conta da ausência de dados da criança, quer nos registos de nados-vivos, quer nos de nados-mortos”.
Minutos depois, continua António, os técnicos em serviço informaram à família o falecimento do recém-nascido, duas horas após o nascimento, e apresentaram o certificado de óbito, que “já estava assinado”. Transtornado, ambos (o casal) pediram para ver o corpo, mas, contam, não lhes foi permitido, por alegadamente a morgue se encontrar fechada no momento.