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As centrais 112 não estão a cumprir com a sua principal função, registando-se cada vez mais casos de doentes que acabam por morrer por não serem socorridos a tempo, denuncia esta quarta-feira o Jornal de Notícias (JN).
O advogado que morreu após um jogo de basquetebol na Póvoa de Varzim voltou a chamar a atenção para as falhas do sistema de emergência do 112, que é acusado de falhas no seu atendimento.
As queixas ao serviço são muitas, e já não são recentes, mas uma solução para o problema tarda em chegar.
O JN conta hoje que as centrais, que funcionam em postos da PSP e da GNR, são antiquadas e possuem sistemas de informação que não fazem o registo credível das chamadas, o que impede monitorizar o tempo médio de atendimento e identificar a quantidade de chamadas perdidas. Assim, os dados que permitem provar que o sistema não está a funcionar corretamente não são apurados, tardando-se em arranjar uma resposta para o problema.
A central de Braga, a mesma que deveria ter socorrido o advogado da Póvoa de Varzim, é uma das mais problemáticas do país, sendo que o próprio comandante dos Bombeiros do Distrito de Braga, Marinho Gomes, revela ao JN que às vezes existem apenas dois polícias a responder a milhares de pedidos e que as pessoas acabam por ligar diretamente para os bombeiros, que reencaminham as chamadas para o INEM que, por sua vez, aciona os meios necessários.
Outra das falhas do serviço está relacionada com o sistema de georreferenciação, que apresenta falhas na localização exata de uma chamada, desperdiçando-se informação que poderia ser útil.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência do INEM, Ricardo Rocha, lamenta que a PSP não abdique da gestão da linha apenas porque esta lhes permite efetuar chamadas gratuitas entre as esquadras. (noticiasaominuto.com)