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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Faleceu José Cola: Fotojornalismo nacional perde mais um quadro

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A Edições Novembro, proprietária do Jornal de Angola, Jornal dos Desportos, Economia e Finanças, Metropolitano, Planalto, Ventos do Sul, Angoleme e outros títulos, está de luto. Perdeu, ontem, mais um quadro sénior do fotojornalismo. Trata-se de José Figueira Cola.

O fotojornalista morreu numa unidade hospitalar em Luanda. O profissional havia sido internado de emergência na capital do país, no início deste mês, depois de sofrer um acidente de viação, na localidade de Porto Amboim, província do Cuanza-Sul.
Estava a recuperar de uma cirurgia no fémur, na sequência do acidente de viação que sofreu, mas, infelizmente, a situação agravou-se e acabou por falecer.

José Cola, como era carinhosamente tratado, foi durante muitos anos editor no sector de fotografia da Edições Novembro, onde desempenhou a função com dedicação e brio profissional.
Segundo o editor executivo do Jornal de Angola, Diogo Paixão, José Cola deixa um vazio no fotojornalismo nacional, que perde um valioso fotógrafo, que deu grande contributo para a formação da nova geração de profissionais da Comunicação Social.

“José Cola foi companheiro e amigo de todos. Era uma pessoa de trato fácil, alegre e prestativa. Vai fazer-nos muita falta. Estou sem palavras”, disse Diogo Paixão, visivelmente emocionado
Já o secretário para os Assuntos Institucionais do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Faustino Henrique, considera um momento difícil e doloroso a partida prematura de José Cola.
O sindicalista disse que é uma perda irreparável para a família e a Edições Novembro, tendo acrescentado que conheceu o falecido na infância, no bairro da Lixeira,  no Distrito do Sambizanga, em Luanda.

Para Faustino Henrique, em termos profissionais e pessoais, José Cola deixa um legado.
Por sua vez, o ex-chefe da área de imagens da Edições Novembro, Francisco Bernardo, já reformado, mostrou-se consternado e recordou os momentos em que ambos cobriram várias actividades, tendo referido que a morte de José Cola deixa um grande vazio no seio da classe.

Para Francisco Bernardo, o malogrado soube desempenhar o seu trabalho com dedicação. “Era um jovem muito dedicado. Não tinha problemas com ninguém. Além do talento, sempre considerou as orientações do chefe. “Estava em condições de continuar a dar o seu contributo, ajudando a camada jovem que abraçou a carreira do fotojornalismo, em função da longa experiência acumulada”.

José Cola ingressou na Edições Novembro em 2002, com a categoria de fotógrafo de terceira. Antes de ser fotojornalista era fotógrafo amador. Teve ainda experiência de docência no ensino primário, no Distrito do Sambizanga, durante mais de 20 anos.
De 1993 a 1994 terminou o ensino médio na Escola Garcia Neto, em Luanda. Era estudante do quarto ano do curso de Comunicação Social da Universidade Privada de Angola. Nasceu em Calandula, província de Malange, no dia 5 de Setembro de 1971 e deixa viúva e doze filhos.

Ministro Manuel Homem lamenta morte de José Cola

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, lamentou, ontem, a morte do repórter de imagem da Edições Novembro, José Cola, e considerou-o “referência do fotojornalismo angolano”.
Em mensagem de condolências, o ministro refere que “foi com profunda dor e tristeza” que tomou conhecimento do falecimento do profissional.

Manuel Homem expressa que José Cola deixa um vazio difícil de preencher e um legado que tem servido ao longo de mais de duas décadas de serviço como fonte de inspiração para quadros que abraçam a carreira.

Diante deste infausto acontecimento, prossegue a nota, o ministro endereça em seu nome e dos trabalhadores do ministério os mais profundos sentimentos de pesar à família enlutada, ao Conselho de Administração da Edições Novembro e à Associação de Repórteres de Imagem de Angola (ARIA), de que o malogrado foi fundador e dinamizador.

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