O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) exortou às sociedades e cooperativas de micro-crédito, a serem mais ágeis na concessão de empréstimos aos empreendedores e comerciantes.
De acordo com o coordenador da Comissão de Reestruturação do FACRA, Teodoro Poulson, que falava ao Jornal de Angola, afirmou que a agilidade na concessão de micro-crédito vai permitir aliviar as consequências da pandemia da Covid-19 aos empreendedores.
Teodoro Poulson assegurou que em cumprimento ao disposto no Decreto Presidencial 98/20, de 9 de Abril, o FACRA foi orientado a financiar as sociedades de micro-crédito e cooperativas de crédito com um montante de quatro mil milhões de kwanzas.
Teodoro Poulson assegurou que com esta linha de financiamento, aguarda-se mais rigor nas operações para que se consiga dinamizar a actividade das microempresas, incentivar a criação de emprego e auto-emprego, reduzir as assimetrias regionais,a informalidade na economia e permitir simultaneamente o aumento da inclusão financeira e social.
“As sociedades de microcrédito e cooperativas de crédito devem agir seguindo sempre a linha de actuação, mas sem interferir na sua própria forma de actuar”, disse. Por isso, assegurou, vai ser feito um acompanhamento através de mecanismos próprios, nomeadamente, pelo Comité de Acompanhamento e Supervisão, que terá a missão de monitorar e avaliar a todo o tempo, o desempenho da OMC, especialmente no que se refere à̀ estratégia e políticas de disponibilização de microcrédito às micro-empresas e micro-empreendedores.
Através do Sistema Integrado de Gestão da Operacionalização do Microcrédito (SIGOM) e por via de relatórios de actividades mensais sobre o ponto de situação de todos os pormenores relativos à operação, o FACRA também vai acompanhar o processo de concessão de micro-crédito.
No que toca à documentação para a concessão de micro-crédito, Teodoro Poulson afirmou que devem os empreendedores apresentarem o Bilhete de Identidade (BI), Cédula de Nascimento, Cartão eleitoral, Cartão de Baptismo, documentos da empresa. O coordenador da Comissão de Reestruturação do FACRA reiterou que os empreendedores estão em pé de igualdade, para concorrer ao financiamento, visto que a ideia é atingir o maior número de empreendedores possíveis.
“É importante referir que as empresas e as famílias fazem parte da estratégia do Executivo, o que pretendemos é a transferência destes grupos no sector formal da economia, ou seja, levá-los a bancarizar os seus rendimentos e cumprirem com as normas das instituições afins, como por exemplo o alvará, licenças e outros documentos necessários para o exercício de uma actividade económica”, disse.
Sobre o estado actual do FACRA, Teodoro Poulson garantiu que a instituição neste preciso momento encontra-se em reestruturação, com o objectivo de se implementar um modelo de gestão mais adaptado ao actual contexto da economia. Este modelo, salientou, vai permitir alcançar os objectivos decorrentes da sua missão, que é contribuir para o processo de diversificação da economia, geração de emprego qualificado, aumento da produção nacional e da competitividade das MPME.