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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Explosão de uma viatura faz sete mortes no Níger

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Sete membros locais da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) do Níger morreram, ontem, quando a viatura onde seguiam explodiu, após accionar uma mina na região de Tillabéri (oeste do país), anunciou o governador à France-Presse.

“Recebi a informação por volta do meio-dia(mesma hora em Angola). Houve sete mortos quando o veículo accionou uma mina”, afirmou Tidjani Ibrahim Katiella, referindo que as vítimas são “presidentes de assembleias de voto e seus secretários”, recrutados pela CENI.

O incidente, que ocorreu em Waraou, localidade situada no município de Dargol, na região de Tillabéri, a cerca de cem quilómetros de Niamey, capital do país, área conhecida como “três fronteiras” (entre Níger, Mali e Burkina Faso), provocou ainda três feridos.

O veículo tinha sido alugado pela CENI de Tillabéri para transportar funcionários, para fiscalizar a segunda volta das eleições presidenciais, que se realizou ontem.

No início de Janeiro, após a primeira volta das eleições presidenciais, cem pessoas foram mortas no ataque a duas aldeias na região de Tillabéri, um dos piores massacres de civis neste país do Sahel regularmente alvo de grupos ‘jihadistas’. O duplo ataque foi cometido por terroristas que se faziam transportar em motos, segundo as autoridades nigerinas. A região de Tillabéri está em estado de emergência desde 2017.

Na tentativa de lutar contra os ‘jihadistas’, as autoridades proibiram o trânsito de motos em todo o país durante um ano e ordenaram o encerramento de alguns mercados suspeitos de abastecer terroristas. A segunda volta das eleições presidenciais é disputada por Mohamed Bazoum, o candidato considerado favorito, e o ex-Presidente Mahamane Ousmane.

No Níger, um dos países mais pobres do mundo, estão registados 7,4 milhões de eleitores. Um dos principais desafios do próximo Presidente será a contenção dos ataques ‘jihadistas’, que mataram centenas de pessoas desde 2010, mais de uma centena nos primeiros dias de Janeiro deste ano, e desalojaram à força das suas aldeias cerca de 500 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas (mais de 300 mil refugiados e deslocados no leste, junto à fronteira com a Nigéria, mais de 160 mil no oeste, junto às fronteiras com a Mali e o Burkina Faso).

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