O ex-rei da Grécia Constantino 2º, cujo reinado de nove anos coincidiu com um dos períodos mais turbulentos da história política do país, morreu na terça-feira aos 82 anos, informou o site estatal de notícias ERT.
Constantino 2º, filho único do rei Paulo e da rainha Frederica da Grécia, ascendeu ao trono em 1964, após a morte de seu pai, mas seu reinado foi marcado pela instabilidade política que culminou em um golpe militar em 21 de abril de 1967.
Alguns meses depois, ele foi forçado a fugir do país após liderar um contragolpe mal sucedido contra a então junta militar.
Ele permaneceu em Roma até a junta abolir a monarquia em 1973.
Em um referendo convocado por um governo de unidade nacional liderado por Konstantinos Karamanlis após a queda da junta em 1974, os gregos rejeitaram a monarquia pela segunda vez, tornando Constantino o último rei da Grécia. Atenas mais tarde o privou de sua cidadania.
Em 2002, ele e outros membros da família foram indenizados com 13,7 milhões de euros por sua antiga propriedade na Grécia, que inclui o palácio Tatoi, ao norte de Atenas, que está sendo restaurado e uma mansão em Corfu, onde nasceu o príncipe britânico Philip –marido da falecida rainha Elizabeth II e duque de Edimburgo– e agora transformado em museu.
Com sua esposa, a rainha Anne-Marie da Grécia, o ex-rei, um velejador cuja equipe conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1960, teve cinco filhos. Constantine, padrinho do príncipe William, e sua família viveram em Londres por anos, antes de retornar à Grécia.
Em sua última aparição pública no centro de Atenas, no ano passado, o ex-rei foi visto em uma cadeira de rodas e com cateteres nasais, acompanhado de sua irmã, a ex-rainha da Espanha Sofia, e outros familiares.
Sofrendo de problemas crônicos de coração e de mobilidade, o estado de saúde do ex-rei havia piorado e ele havia sido hospitalizado várias vezes nos últimos meses.
Por Angeliki Koutantou; Reportagem adicional Alkis Konstantinidis