O ex-presidente e opositor Jaime Paz Zamora renunciou nesta quinta-feira (13) à sua candidatura para as eleições de Outubro, após revelar problemas para impulsionar uma renovação dentro do Partido Democrata Cristão (PDC), pelo qual havia se lançado.
“Apresentei à Corte Eleitoral a minha renúncia à candidatura presidencial pelo Partido Democrata Cristão” (PDC), destacou em coletiva de imprensa Zamora, que governou a Bolívia de 1989 a 1993.
Segundo a France Press, o ex-presidente explicou que tentou impulsionar dentro do PDC um “governo de transição geracional”, sob o lema “Jaime Paz Presidente, os jovens no poder”, mas “bateu contra um muro” do partido que não cedeu a estas ideias.
As listas de candidatos ao Parlamento bicameral foi uma das razões para os atritos internos, disse o político de 80 anos, já que a cúpula partidária se negou a ceder espaços pedidos por Paz Zamora para a renovação.
Paz Zamora liderou o extinto Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR, social-democrata) e retirou-se temporariamente da vida política activa em 2005. Retornou em outubro de 2018 dentro do PDC para anunciar sua candidatura.
O ex-presidente ocupava os últimos lugares na preferência do eleitorado, segundo consultas dos jornais La Razón e Página Siete de maio passado, que lhes atribuíam intenção de voto de 2,8% e 1%, respectivamente.
Com a renúncia de Paz Zamora, são oito os candidatos que se mantém na disputa à Presidência.
O presidente Evo Morales é o favorito, com entre 34% e 38% das preferências, seguido do ex-presidente opositor Carlos Mesa, entre 28% e 27%, segundo as pesquisas dos dois jornais.
As eleições gerais, que vão renovar o Parlamento bicameral, serão realizadas em 20 de outubro.