Começou nesta segunda-feira (05) no Uíge, o julgamento do ex-director provincial da educação Manuel Zangala acusado de crimes de peculato, associação criminosa, participação económica em negócios e violação da norma de plano e orçamento.
Dois outros réus incluindo um destacado funcionário daquele gabinete provincial e um sócio empresarial fazem face a outras acusações relacionadas com o mesmo caso.
As acusações foram apresentadas pelo procurador David Dias, que disse que Zangala fazia uso da sua posição para decidir que empresas deviam ser chamadas a prestar serviços ou fornecer bens aquele gabinete, “o que pagar, quanto e quando pagar”.
“Em 2014 criou uma empresa que prestava serviços e no dia 30 de abril de 2014, transferiu da conta da instituição para a sua conta um valor de vinte e quatro milhões e seiscentos e trinta e cinco mil kwanzas”, disse o procurador que acrescentou que “na mesma data transferiu da conta da instituição para a conta da sua empresa o valor de trinta e cinco milhões quinhentos e trinta e um mil e duzentos e cinquenta kwanzas e para se justificar a empresa emitiu três facturas falsas”.
Segundo o ministério público, Manuel Zangala, está a ser acusado de desviar dos cofres do estado mais de 273.199.350 kwanzas.
Foram também constituídos arguidos os cidadãos Faustinos Carolino Pedro, antigo chefe do departamento do património do Gabinete Provincial da Educação e Abel Kissoki, sócio gerente das suas empresas na prática de crimes de peculato na qualidade de cúmplices na falsificação de documentos e nas práticas de crimes de participação económica e negócios.